Diretor André Novais de Oliveira ao receber o Troféu Candango do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro pelo longa “Temporada” — Foto: Júnior Aragão/Divulgação
O 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, marcado pela presença massiva de mulheres na direção dos filmes selecionados para as mostras competitivas, chegou ao fim ontem (23). Veja a lista completa dos premiados no final do texto.
O longa mineiro “Temporada”, de André Novais de Oliveira, foi escolhido pelo júri técnico como o melhor longa metragem da Mostra Competitiva. O diretor dedicou a conquista à mãe e reverenciou nomes negros do cinema.
O filme também levou os prêmios de melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor ator coadjuvante e melhor atriz. Este último foi concedido à Grace Passô, ovacionada e aplaudida de pé pela platéia.
“Esse troféu diz respeito a muita gente, especialmente a André – é muito bom poder admirar um homem em 2018″, agradeceu.
“Diz respeito às negras e negros em movimento no nosso país, às militâncias que desentortam o olhar e educam a nossa sociedade para que pessoas como eu possam ser vistas.”
curta que ganhou o Troféu Candango de melhor filme pelo júri técnico foi “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados”, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito. O filme levou, ainda, o troféu de “melhor som”.
“A força da política está na construção de cada gesto e os movimentos sociais ensinam que a forma de sobreviver a tudo isso – que parece que vai atropelar a gente – é encontrar , quem está do nosso lado, força para seguir em frente”, disse Bemfica ao receber o prêmio.
Na Mostra Brasília, dedicada exclusivamente às produções do Distrito Federal, o júri técnico escolheu como melhor curta e melhor longa-metragem os filmes “Entre parentes”, de Tiago Aragão, e “New Life S.A.”, de André Carvalheiras, respectivamente.
Troféu Candango
Longas-metragens
- Melhor longa pelo júri técnico: “Temporada”, de André Novais de Oliveira.
- Melhor longa pelo júri popular: “Bicha travesti”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman.
- Menção honrosa para Linn da Quebrada e Jup do Bairro, por “Bicha travesti”.
- Prêmio especial do júri para longa-metragem: “Torre das donzelas”, de Susanna Lira.
- Melhor direção: Beatriz Seigner, por “Los silencios”.
- Melhor som: Gabriela Cunha, por “A sombra do pai”.
- Melhor trilha sonora: “Bicha travesti”.
- Melhor direção de arte: André Novais de Oliveira, por “Temporada”.
- Melhor montagem: Karen Akerman, por “A sombra do pai”.
- Melhor fotografia: Wilssa Esser, por “Temporada”.
- Melhor roteiro: Ary Rosa, por “Ilha”.
- Melhor ator coadjuvante: Russo APR, por “Temporada”.
- Melhor atriz coadjuvante: Luciana Paes, por “A sombra do pai”.
- Melhor ator: Aldri Anunciação, por “Ilha”.
- Melhor atriz: Grace Passô, por “Temporada”.
Curtas-metragens
- Melhor curta pelo júri técnico: “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados” (MG/PE), de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito.
- Melhor curta pelo júri popular: “Eu, minha mãe e Wallace”, dos Irmãos Carvalho.
- Prêmio especial do júri para curta-metragem: “Liberdade”, de Pedro Nishi e Vinicius Silva.
- Melhor direção: Nara Normande, por “Guaxuma”.
- Melhor som: “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados”.
- Melhor trilha sonora: “Guaxuma”.
- Melhor direção de arte: Nara Normande, por “Guaxuma”.
- Melhor montagem: Gabriel Martins e Luisa Lana, por “Plano controle”.
- Melhor fotografia: Anna Santos, por “Mesmo com tanto agonia”.
- Melhor roteiro: Fábio Leal, por “Reforma”.
- Melhor ator coadjuvante: Uirá dos Reis, por “Plano controle”.
- Melhor atriz coadjuvante: Noêmia Oliveira, por “Eu minha mãe e Wallace”.
- Melhor ator: Fábio Leal, por “Reforma”.
- Melhor atriz: Maria Leite, por “Mesmo com tanta agonia”.
- Menção honrosa: Rillary Rihanna Guedes, por “Mesmo com tanta agonia”.
Mostra Brasília
- Melhor curta-metragem pelo júri técnico: “Entre parentes”, de Tiago Aragão.
- Melhor longa-metragem pelo júri técnico: “New Life S.A.”, de André Carvalheira.
- Prêmio especial pelo conjunto da obra: “Roda da fortuna”, de Luciano Porto.
- Melhor curta-metragem pelo júri popular: “Terras brasileiras”, de Dulce Queiroz.
- Melhor longa-metragem pelo júri popular: “O outro lado da memória”, de André Luiz Oliveira.
- Melhor direção: André Luiz Oliveira, por “Do outro lado da memória”.
- Melhor edição de som: Olivia Hernandez, por “Riscados pela memória”.
- Melhor trilha sonora: Vinicius de Barros, por “O outro lado da memória”.
- Melhor direção de arte: Moacyr Gramacho, por “O outro lado da memória”.
- Melhor montagem: Zefel Coff, por “A praga do cinema brasileiro”.
- Melhor fotografia: Alan Schvarsberg, por “Entre parentes”.
- Melhor roteiro: Wesley Gondim, por “Para minha gata Mieze”.
- Melhor ator: Murilo Grossi, por “New Life S.A.”
- Menção honrosa: atriz mirim Nathalia Schuller, por “Monstros”.
- Melhor atriz: presidiárias do filme “Presos que menstruam”, representadas por Naiara Lira.