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set 24 2018

“Temporada” é grande vencedor do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Diretor André Novais de Oliveira ao receber o Troféu Candango do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro pelo longa "Temporada" — Foto: Júnior Aragão/Divulgação

Diretor André Novais de Oliveira ao receber o Troféu Candango do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro pelo longa “Temporada” — Foto: Júnior Aragão/Divulgação

O 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, marcado pela presença massiva de mulheres na direção dos filmes selecionados para as mostras competitivas, chegou ao fim ontem (23). Veja a lista completa dos premiados no final do texto.

O longa mineiro “Temporada”, de André Novais de Oliveira, foi escolhido pelo júri técnico como o melhor longa metragem da Mostra Competitiva. O diretor dedicou a conquista à mãe e reverenciou nomes negros do cinema.

O filme também levou os prêmios de melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor ator coadjuvante e melhor atriz. Este último foi concedido à Grace Passô, ovacionada e aplaudida de pé pela platéia.

“Esse troféu diz respeito a muita gente, especialmente a André – é muito bom poder admirar um homem em 2018″, agradeceu.

“Diz respeito às negras e negros em movimento no nosso país, às militâncias que desentortam o olhar e educam a nossa sociedade para que pessoas como eu possam ser vistas.”

 curta que ganhou o Troféu Candango de melhor filme pelo júri técnico foi “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados”, de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito. O filme levou, ainda, o troféu de “melhor som”.

“A força da política está na construção de cada gesto e os movimentos sociais ensinam que a forma de sobreviver a tudo isso – que parece que vai atropelar a gente – é encontrar , quem está do nosso lado, força para seguir em frente”, disse Bemfica ao receber o prêmio.

Na Mostra Brasília, dedicada exclusivamente às produções do Distrito Federal, o júri técnico escolheu como melhor curta e melhor longa-metragem os filmes “Entre parentes”, de Tiago Aragão, e “New Life S.A.”, de André Carvalheiras, respectivamente.

Troféu Candango

Longas-metragens

  • Melhor longa pelo júri técnico: “Temporada”, de André Novais de Oliveira.
  • Melhor longa pelo júri popular: “Bicha travesti”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman.
  • Menção honrosa para Linn da Quebrada e Jup do Bairro, por “Bicha travesti”.
  • Prêmio especial do júri para longa-metragem: “Torre das donzelas”, de Susanna Lira.
  • Melhor direção: Beatriz Seigner, por “Los silencios”.
  • Melhor som: Gabriela Cunha, por “A sombra do pai”.
  • Melhor trilha sonora: “Bicha travesti”.
  • Melhor direção de arte: André Novais de Oliveira, por “Temporada”.
  • Melhor montagem: Karen Akerman, por “A sombra do pai”.
  • Melhor fotografia: Wilssa Esser, por “Temporada”.
  • Melhor roteiro: Ary Rosa, por “Ilha”.
  • Melhor ator coadjuvante: Russo APR, por “Temporada”.
  • Melhor atriz coadjuvante: Luciana Paes, por “A sombra do pai”.
  • Melhor ator: Aldri Anunciação, por “Ilha”.
  • Melhor atriz: Grace Passô, por “Temporada”.

Curtas-metragens

  • Melhor curta pelo júri técnico: “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados” (MG/PE), de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito.
  • Melhor curta pelo júri popular: “Eu, minha mãe e Wallace”, dos Irmãos Carvalho.
  • Prêmio especial do júri para curta-metragem: “Liberdade”, de Pedro Nishi e Vinicius Silva.
  • Melhor direção: Nara Normande, por “Guaxuma”.
  • Melhor som: “Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados”.
  • Melhor trilha sonora: “Guaxuma”.
  • Melhor direção de arte: Nara Normande, por “Guaxuma”.
  • Melhor montagem: Gabriel Martins e Luisa Lana, por “Plano controle”.
  • Melhor fotografia: Anna Santos, por “Mesmo com tanto agonia”.
  • Melhor roteiro: Fábio Leal, por “Reforma”.
  • Melhor ator coadjuvante: Uirá dos Reis, por “Plano controle”.
  • Melhor atriz coadjuvante: Noêmia Oliveira, por “Eu minha mãe e Wallace”.
  • Melhor ator: Fábio Leal, por “Reforma”.
  • Melhor atriz: Maria Leite, por “Mesmo com tanta agonia”.
  • Menção honrosa: Rillary Rihanna Guedes, por “Mesmo com tanta agonia”.

Mostra Brasília

  • Melhor curta-metragem pelo júri técnico: “Entre parentes”, de Tiago Aragão.
  • Melhor longa-metragem pelo júri técnico: “New Life S.A.”, de André Carvalheira.
  • Prêmio especial pelo conjunto da obra: “Roda da fortuna”, de Luciano Porto.
  • Melhor curta-metragem pelo júri popular: “Terras brasileiras”, de Dulce Queiroz.
  • Melhor longa-metragem pelo júri popular: “O outro lado da memória”, de André Luiz Oliveira.
  • Melhor direção: André Luiz Oliveira, por “Do outro lado da memória”.
  • Melhor edição de som: Olivia Hernandez, por “Riscados pela memória”.
  • Melhor trilha sonora: Vinicius de Barros, por “O outro lado da memória”.
  • Melhor direção de arte: Moacyr Gramacho, por “O outro lado da memória”.
  • Melhor montagem: Zefel Coff, por “A praga do cinema brasileiro”.
  • Melhor fotografia: Alan Schvarsberg, por “Entre parentes”.
  • Melhor roteiro: Wesley Gondim, por “Para minha gata Mieze”.
  • Melhor ator: Murilo Grossi, por “New Life S.A.”
  • Menção honrosa: atriz mirim Nathalia Schuller, por “Monstros”.
  • Melhor atriz: presidiárias do filme “Presos que menstruam”, representadas por Naiara Lira.

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