A Universidade de Brasília (UnB) está entre as 300 melhores do mundo na área de ciências médicas, segundo o Global Ranking of Academic Subjects mais recente, publicado em 26 de junho. O ranking é realizado anualmente desde 2017 e, desta vez, avaliou mais de quatro mil universidades de 86 países.
A pesquisa é feita por áreas de conhecimento, sendo 54 assuntos distribuídos em cinco grandes grupos: ciências naturais, engenharias, ciências da vida, ciências médicas e ciências sociais. Veja abaixo a posição da UnB por área de concentração;
Para todos as áreas de conhecimento, o ranking enumera as primeiras 50 universidades classificadas. A partir da 51ª colocada, as instituições são agrupadas em blocos de 100. A Universidade de Brasília não chegou a se classificar no grupo de “engenharias”.
A pesquisa leva em consideração indicadores de produtividade e qualidade das pesquisas, extensão da colaboração internacional, impacto dos projetos e reconhecimentos acadêmicos.
Para a diretora do Decanato de Pesquisa e Inovação da UnB, Cláudia Amorim, mesmo não estando entre as 50 melhores colocadas no ranking, os resultados obtidos pela universidade são positivos.
“A gente nem aparecia antes, o que demonstra uma evolução clara. E isso ocorre de maneira natural, porque não trabalhamos para alcançar boa colocação neste ranking”, disse ao G1.
Segundo ela, a área de ciências médicas, que levou a UnB às melhores colocações, é a que tem a melhor infraestrutura de pesquisa. “Grande parte dos laboratórios da universidade (46%) são desta área, o que faz muita diferença para manter os projetos.”
Atualmente, a UnB dispõe de 559 laboratórios, 65 núcleos e 27 centros de pesquisa, além de 60 unidades de apoio ao desenvolvimento científico, como bibliotecas, biotérios, observatórios, usinas, fábricas, viveiros, museus e coleções.
A diretora explicou que a universidade tem buscado diálogo com os setores produtivos, com os governos e a sociedade civil para melhorar a aplicabilidade e, consequentemente, ampliar o impacto das pesquisas desenvolvidas.
“A ciência política e a economia, citadas no ranking, já fazem muitas parcerias com o governo, por exemplo. A matemática, que também nos trouxe um bom resultado, é uma área altamente internacionalizada, com 98% da produção científica pulverizada fora do Brasil.”
Cláudia Amorim afirma que a UnB também tem outras áreas de excelência, mas que não apareceram no ranking, como a pós-graduação em antropologia e os estudos de linguística.
“Algumas áreas, geralmente de humanas, têm mais dificuldade de aparecer em rankings, por conta da forma de avaliação.” Segundo ela, o impacto de citações de autores e pesquisas da UnB, em geral, aumentou quase 100% nos últimos seis anos.
Segundo a pesquisa, as universidades dos Estados Unidos obtiveram os melhores resultados, ficando em 1º lugar em 35 das 54 sub-áreas de conhecimento.
A melhor universidade do mundo, de acordo com o levantamento, é Harvard. A instituição levou “medalha de ouro” em 14 rankings, sendo 7 em ciências sociais, 3 em ciências médicas, 2 em ciências da vida e 2 em engenharias.
As instituições de ensino superior da China dominaram em 11 sub-áreas, sendo este o segundo melhor resultado para um país. Reino Unido (2), Singapura (2), Nova Zelândia (2), França (1) e Bélgica (1) também conquistaram o 1º lugar em, pelo menos, um ranking.
Com informações do G1
Foto:Foto: Marcelo Jatobá/Secom UnB/Divulgação