CARLOS MARCHI
O ministro Dias Toffoli recebe um mensalão de R$ 100 mil, pago pelo escritório de advocacia de sua mulher Roberta Rangel.
Não é um escritório de renome, é apenas mediano, mas fatura muito mais do que a gente pensava, pelo que se vê.
Toffoli era um dos sócios do escritório, mas supostamente o deixou depois da nomeação.
Dos R$ 100 mil, que são depositados numa conta conjunta com a mulher, Toffoli paga pensão de R$ 50 mil mensais a sua ex-mulher.
Nascem daí muitas perguntas.
1) Como é que alguém que ganha R$ 39,2 mil mensais aceita pagar uma pensão de R$ 50 mil à ex-mulher?
2) Será que Toffoli deixou mesmo o escritório ou continua como sócio oculto?
3) Este mensalão de R$ 100 mil representa pró-labore fora da curva? É lavagem de dinheiro?
4) Será por isso tudo que Toffoli não se declara impedido em votações que envolvem o PT e a Lavajato?
5) Será que o ministro declara o mensalão ao imposto de renda?
Detalhe: o Estadão foi ouvir o ministro sobre a acusação. Ele disse que não iria se manifestar.