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jun 02 2013

Acredite nos brasileiros. Temos Neymar, Ganso, Oscar…

 RENATO RIELLA

 Muitas vezes ficamos pessimistas com o Brasil, diante de tanta coisa errada, mas devemos nos orgulhar de ver surgirem personagens que engrandecem a figura do brasileiro perante a humanidade.

Vou citar apenas três, muito famosos: Neymar, Ganso e Oscar. Todos esses nos emocionam pela seriedade, respeito ao próximo e lealdade. São bons exemplos para os jovens em formação, como aconteceu com o também valoroso Pelé nas décadas anteriores e mesmo Zico, até hoje um modelo de ser humano.

Neymar impressiona por tudo – e não somente por jogar bola muito bem. Ele tem profunda relação com a família e coloca nas mãos do pai, o jogador fracassado Neymar, a administração dos seus negócios. Engravidou uma vizinha e assumiu o filho com grande carinho, mesmo sem se casar (foi decisão das duas famílias).

Está indo jogar na Espanha, no cobiçado Barcelona, numa negociação transparente, que foi acompanhada minuto a minuto pela imprensa – mas mantém-se humilde. É impressionante como respeita jogadores quase anônimos ainda, que se aproximam dele nos intervalos dos jogos. Neymar é um ser humano que marca o Brasil como um país que tem coração.

E aí não podemos esquecer de Paulo Henrique Ganso, garoto que começou a jogar bola com Neymar nas chamadas divisões de base. Aos poucos, os dois tornaram-se mais irmãos do que muito irmão de verdade.

Ganso também é do bem, exemplo para os novatos, que muitas vezes viram a cabeça por nada. Esse genial meia, hoje no São Paulo, acabou de casar-se com Giovanna Costi (que está grávida) e deu incrível exemplo de personalidade, ao assumir o sobrenome da mulher.

Nunca havia ouvido falar em nada parecido. Na visão conservadora da vida brasileira, nem pensei que fosse possível, mas o ex-craque santista agora se chama Paulo Henrique Chagas de Lima Costi (sem abandonar o apelido Ganso, é claro). Ao ganhar esta nova “Família”, nem por isso ficou menos homem nem menos famoso. Porém, que é estranha a sua decisão – isto é. Cada um sabe de si.

 

HÁ UMA TORCIDA BRASILEIRA

A FAVOR DO GRANDE OSCAR

O terceiro brasileiro enaltecido pelo tempo chama-se Oscar do basquete, um dos nomes mais incríveis do mundo nesse esporte. No presente momento, espalha-se uma corrente pela internet formada por pessoas comuns, anônimas, todas rezando para que Oscar supere um câncer de cérebro persistente, que pode matá-lo dentro de pouco tempo.

Oscar é genial, vibrante, alto astral e correto. Ele é correto como a gente gostaria que fossem os senadores, deputados, governadores e presidente da República, sem esquecer os padres, os militares, os juízes e todos os detentores de poder. Por isso, ninguém ficará fora dessa corrente. Os que têm fé rezarão. Os demais torcerão, como faziam quando assistiam as grandes partidas de basquete.

Sou fã desse cara. Na década de 90, ajudei a trazê-lo para o jogo de inauguração do Sesc em Taguatinga. Fui buscá-lo no aeroporto numa van, onde havia outras pessoas de Brasília a serem levadas para participar da partida.

Já vi gente menos famosa, meio medíocre, refugar transporte popular na saída do aeroporto. Oscar entrou na van com dificuldade, porque é absurdamente alto, e veio pelo caminho contando piadas, elogiando os companheiros de viagem e dizendo que sentia saudade de Brasília. Ninguém conseguiria ser mais simpático naquela situação.

Durante o jogo de exibição, conseguiu talvez a cesta mais surpreendente da sua vida. Jogou a bola do garrafão do seu campo e acertou a cesta no campo adversário. O jogo parou, é claro, sob aplausos. Sabem o que fez o genial Oscar? Ele correu o campo todo e parou diante de um cinegrafista desconhecido, dizendo: “Compro esta fita! Compro esta fita”.

Os brasileiros são assim. Gente boa. Modelo para o mundo. Um dia tomarão o poder e o Brasil será, de fato, um grande país do presente.

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