RENATO RIELLA
Hoje de manhã, numa barraquinha da Ceasa, queijos de cabra produzidos em Luziânia tinham um vendedor ilustre: Rodrigo Rollemberg.
Passei algumas vezes em frente à vendinha, sem reconhecer o feirante de boné branco. De repente, ouvi meu nome falado com firmeza. Voltei-me e identifiquei Rodrigo Rollemberg pelo sorriso amplo de dentes grandes. Era mesmo ele!
A família Rollemberg há muitos anos fabrica esse tipo de produto. No início deste mês, numa entrevista, perguntaram a Rodrigo se ele continuaria vendendo pessoalmente os queijos. Pelo visto, sim!
O governador estava sentado num banquinho, atrás de uma mesinha onde os queijos ficavam expostos. Camisa azul, listrada, com guarda-pó branco. O boné, também branco, fez com que muita gente comprasse o queijo sem reconhecer o vendedor.
Numa rápida conversa, cumprimentei Rodrigo pela evolução nas prestações de contas nesta semana, mas respeitei a sua atividade de feirante, pois a todo momento ele tinha de explicar o produto a um possível comprador.
Numa segunda passada pela banca, comprei dois queijos de cabra, tipo montanhês, a R$ 11,70 cada – e fui embora, satisfeito de ver um governador q ue não perde contato com a sua origem.
Fiquei aliviado, também, de ver um Rodrigo Rollemberg sem ar de pânico, demonstrando felicidade no contato direto com o povo no varejão da Ceasa.
Se fosse o famigerado Arruda, haveria um circo montado. Com Rollemberg, não vi sinais de seguranças próximos, nem equipes de foto ou vídeo. Só o vendedor e um ajudante, possivelmente parente.
Depois deste meu relato, talvez Rollemberg apareça menos na Ceasa (creio que estraguei o lazer do governador, mas sou repórter).
E assim segue a vida. A Ceasa é um ambiente feliz na vida de Brasília, felizmente prestigiado pelo chefe do governo.
Rollemberg faz força para não decepcionar. Isso já é muito.