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maio 19 2016

ANÁLISE ECONÔMICA: DE OLHO NOS EUA E NO BRASIL

RODOLFO AMSTALDEN (da consultoria Empiricus)

 Não nego, mas confirmo

Divulgada ontem à tarde, a ata do Fed não descartou aumento dos juros americanos em junho.

Mais parece, entretanto, que o aumento está confirmado.

O mercado sofre, aqui e lá fora, por toda parte.

A paciência do Fed está chegando ao fim.

De pouco adianta torcer para que demore um tempinho até o Brasil se tornar menos frágil.

Outro motivo para Temer e o Congresso agirem rápido – talvez, aliás, o principal motivo.

 

Juntando os cacos

Temer fará um esclarecimento público para evidenciar a herança maldita do governo anterior.

Os cálculos foram encomendados a todos os ministros, e devem ficar prontos até o fim de semana.

Além de 2014 e 2015, já está claro para o TCU que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi infringida também em 2016.

Dilma arrombou o orçamento para ganhar a eleição.

E arrombou para perdê-la.

Uma hora passa

Eu não me surpreenderia com um estresse do mercado quando o verdadeiro rombo for anunciado.

Logo, porém, passaremos a focar estritamente no futuro.

O futuro da previdência com idade mínima e regras escalonadas.

O futuro da inflação de um dígito baixo (desemprego também).

O futuro em que os brasileiros fazem contas antes de reclamar ou comemorar.

 

Bye bye, INSS

 

Eu juro que não entendo qual é a obsessão com uma previdência intocável…

… ou seja, intocavelmente falida.

Num país quebrado, só lhe resta o INSS, e olhe lá.

Num país de economia forte, transbordam oportunidades de ganhar novas fontes de renda, bem maiores que as da aposentadoria convencional.

Quem aprende sobre uma dessas novas fontes nunca mais se preocupa com INSS.

 

Pela culatra

A economia – assim como a política – deriva das escolhas da população.

Veja só na Argentina.

A maioria escolheu Macri, mas uma parte ainda insiste no kirchnerismo.

A oposição conseguiu votos para aprovar, no Congresso, uma lei que suspende demissões durante seis meses.

Macri vai vetar a lei, obviamente.

Mas imagina se passasse!

O que a população teria escolhido, sem se dar conta?

Seis meses sem nenhuma contratação.

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