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jan 22 2019

ANÁLISE: Um discurso chocho

TIBÉRIO CANUTO QUEIROZ PORTELA

Bolsonaro perdeu grande oportunidade de se projetar no cenário internacional. Seu discurso em Davos foi pra lá de chocho, cheio de chavões, .sem coerência lógica entre as frases que saiam aos solavancos, como um motor engasgado. Seu estilo vapt-vupt evidenciou a sua dificuldade de desenvolver raciocínios mais complexos, bem como sua falta de verve.

O Fórum Econômico Mundial é o espelho do mundo, a audiência mais qualificada do planeta. Usar da palavra nesse ambiente é para quem tem estofo. Será inescapável a comparação entre o desempenho opaco de Jair Bolsonaro com a performance exuberante de Lula em 2003. Não que se exija do presidente uma retórica brilhante como a de Dom Sebastião, até porque nesta seara Lula é imbatível. Mas lhe faltou densidade e profundidade.

Em vez de se destacar como um estadista, se caracterizou como um governante mediano, ou melhor medíocre e provinciano.

Mas conseguiu um feito: entrou no guiness por ter feito o discurso mais curto de um chefe de Estado no Fórum Econômico Mundial.

 

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