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maio 18 2018

Artigo: Alckmin vacilando

TIBÉRIO CANUTO QUEIROZ PORTELA

Alckmin começa a trilhar o caminho mais perigoso: o de rifar valores em busca de conquistar fatias do eleitorado perdido.

Ao “flexibilizar” sua posição sobre a questão do desarmamento, tenta disputar o discurso da segurança com Bolsonaro, na ilusão de que com isso atrairá o agronegócio, que namora com o candidato da extrema-direita.

Isso me cheira a coisa de marqueteiro, que pensa ter tido uma ideia bestial, quando na verdade teve uma ideia besta, ou melhor, estúpida.

Entre o clone e o original, o eleitorado da extrema direita ficará sempre com o discurso genuíno e “autêntico”.
Na eleição francesa, Fillon, o candidato do centro-direita, radicalizou seu discurso para a direita, pensando que com isso atrairia o apoio dos eleitores de Marine Le Pen. Foi um desastre.

Parte do seu eleitorado migrou para Macron e o eleitorado de extrema direita votou massivamente em Marine le Pen, por desconfiar da maquiagem de Fillon.

Alckmin corre esse perigo, particularmente se entrar em desespero por causa de seu baixo índice nas intenções de voto.

O único caminho para se viabilizar é o apontado por Fernando Henrique, o de ser o elemento catalizador do polo democrático e reformista.
A bandeira da segurança merece uma resposta articulada desse polo. Certamente ela dispensa pirotecnia e demagogia.

De resto, vou parodiar a frase do assessor de Clinton, sobre o que decidirá a eleição: É a igualdade, estúpido!

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