VICENTE NUNES (Blog do Vicente)
Nenhum assunto tem tomado tanto tempo nas discussões entre investidores quanto as eleições presidenciais de outubro próximo.
Os donos do dinheiro não escondem o incômodo com o fato de nenhum dos nomes apontados até agora como compromissados com as reformas — o presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governo de São Paulo, Geraldo Alckmin — despertar a atenção dos eleitores.
Rumo ao centro
» Apesar do desapontamento, o mercado aposta firme que os brasileiros optarão por um candidato moderado nas urnas.
Nas muitas simulações feitas pelos investidores, fica claro a tendência de os eleitores migrarem para o centro-direita quando as campanhas estiverem nas ruas.
A convicção é de que uma onda conservadora prevalecerá, mas sem o extremismo verificado nos Estados Unidos que elegeu Donald Trump, cujo discurso nacionalista se assemelha ao do deputado Jair Bolsonaro.
Histórico conservador
Para os investidores, o brasileiro é mais conservador do que parece na hora de votar.
Mesmo com as pesquisas mostrando hoje um candidato de extrema esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, e outro de extrema direita, Bolsonaro, na liderança das pesquisas de intenção de votos, à medida que o pleito for se aproximando um nome que não represente riscos de ruptura assumirá a dianteira.
Esse quadro tenderá a prevalecer, sobretudo, se o ritmo de crescimento econômico acelerar.