«

»

mar 01 2020

ARTIGO: Chega ao Brasil o vírus do medo

                JOSÉ RICARDO MARQUES

O que de certa forma todos temiam de fato aconteceu!

Chega ao Brasil a doença provocada por um vírus, um microrganismo capaz de se propagar rapidamente pelo planeta, deixando um rastro de enfermidades e mortes por onde passa.

Originário da China, o Covid-19 (coronavírus) chegou ao Brasil, neste primeiro momento, através de pacientes vindos da Itália.

O Ministério da Saúde e a ANVISA estão em busca de mais informações sobre locais e pessoas que tiveram contato com os infectados, procedimento a ser adotado em todos os casos.

Os danos já surgem na economia. A Bovespa despenca e o dólar se aproxima da marca de R$ 4,50, sob impacto do surto.

O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, admite, segundo matéria da revista Época de 17.02.20, que caso a doença se torne uma epidemia mundial, nenhum sistema de saúde aguentará.

O governo de SP cria um centro de contingência para monitorar casos suspeitos de coronavirus, que no Brasil já estão a caminho dos milhares, em diferentes estados.

É inimaginável um surto em São Paulo, a capital que impulsiona os negócios no Brasil.

O Secretario Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, diz que “os casos estão em fase de contenção”. Caso se espalhem, irão para a fase de mitigação.

O coronavirus é conhecido desde 1960. Trata-se de doença  provocada pelo “novo coronavirus”, chamado de Covid-19. Cada pessoa infectada pode transmitir para duas ou três pessoas, em alguns casos chegando a sete.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o período de incubação varia de 0 a 14 dias, mas há estudos que apontam  sintomas entre 9 e 10 dias.

Um estudo feito com 44 mil pessoas, com casos confirmados, apontou que a maioria dos infectados tinha idade entre 40 e 69 anos. Destes, 1.023 pessoas morreram.

Trata-se de uma doença que atinge pessoas adultas e em produção, ou seja, ativos, que circulam nas várias atividades, sejam profissionais ou sociais.

A Organização Mundial de Saúde declarou estado de emergência em saúde pública internacional devido ao aumento de casos do novo coronavírus na China e em dezenas de países do mundo, incluindo o Brasil.

A OMS entende como “emergência pública internacional” apenas eventos EXTRAORDINARIOS, quando há risco para a saúde em outros países devido à propagação de doenças, exigindo uma ação coordenada.

A boa noticia é que existe empresa com tecnologia para proteger ambientes contra ação de microrganismos, como vírus, bactérias, fungos, ácaros e outros agentes.

De acordo com a infectologista do Instituto Emilio Ribas, em São Paulo, e membro da sociedade brasileira de infectologia, não há grandes dificuldades de se matar o vírus, que não é resistente ao ambiente.

No entanto, outros especialistas contradizem a opinião, informando que álcool gel e água sanitária apenas são soluções paliativas e temporárias, ou residuais, que em poucos minutos perdem a eficácia.

O Estado de Goiás e o município de Goiânia, desde 2005, editaram legislação que prevê o processo de profilaxia e desinfecção em ambientes de circulação de pessoas, tanto em locais públicos quanto privados.

O Distrito Federal tomou a mesma providência. Em setembro de 2019, promulgou a Lei 6.376, que estabelece processo de Sanitização em locais de acesso de pessoas, tanto no público quanto no privado.

O Congresso Nacional atualmente tem cinco Projetos de Lei tramitando com o tema e, ainda no primeiro semestre, pode entrar em vigor uma lei obrigando a desinfecção de locais onde pessoas circulam e trabalham cotidianamente no território nacional.

Os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Amazonas trabalham no mesmo sentido. Terão dispositivo obrigando que determinados ambientes tenham cuidado específico, tanto com a saúde de pessoas, quanto com a qualidade do próprio ar.

Portanto, destaca-se a questão de sempre: prevenir é melhor do que remediar!

O novo coronavírus já abalou os mercados financeiros mundo afora, tendo impacto de mais de 1,5 trilhões de dólares, que foi a perda recente das bolsas de valores em todo o mundo.

Com surgimento de novos vírus, bactérias e outros agentes infecciosos – algo comum na história da humanidade – o risco de epidemia continua presente. Desde os anos 70, mais de 1.500 novos patógenos foram descobertos no mundo, segundo a OMS.

Voltando a São Paulo, imaginem a multidão de quatro milhões de pessoas, que circula diariamente pelo Metrô, considerado um dos cinco maiores shoppings centers do estado.

E há os aeroportos, onde milhares de pessoas, dentro do país e de fora, circulam normalmente, desprovidos de segurança higiênica.

E o que falar do Congresso Nacional, onde em dias de grande atividade transitam mais de 20 mil pessoas? Imaginem uma quarentena num ambiente de ritmo tão intenso.

Portanto, vamos lutar para colocar em prática medidas sanitárias de ponta, já disponíveis no Brasil.

——-Empresário especializado em profilaxia ambiental

 

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*