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fev 04 2018

ARTIGO: Frejat, Filippelli e as trapalhadas

ODIR RIBEIRO

Há mais de um ano venho alertando que a direita só será capaz de vencer as eleições se estiver unida. Nesse período, vários atores políticos têm se reunido e ensaiado uma ampla frente para enfrentar e derrotar o governador Rodrigo Rollemberg no pleito de outubro.

As coisas pareciam caminhar para um entendimento até que, na quarta-feira,1, um café da tarde reuniu, na casa de Alberto Fraga, os pré-candidatos Alírio Neto, Izalci e Frejat, além do próprio Fraga, Paulo Octávio e Tadeu Filippelli.

O resultado do café foi uma baita indigestão. Frejat, de forma deselegante, tentou impor ao grupo que seu nome fosse lançado naquele momento como candidato de consenso. Foi proposta a realização de uma pesquisa que avaliasse intenção de voto, rejeição e potencial de crescimento, para embasar a escolha da chapa. Frejat foi intransigente.

Os convidados do café ficaram perplexos com a posição do ex-secretário de saúde. O entendimento coletivo foi que o “Velhinho” subiu no salto. Em conversas separadas ficou acertado que manteriam o acordo de tocarem juntos o projeto, esquecerem a vaidade e comporem uma chapa para resgatar Brasília dos oito anos de governos de esquerda.

No entanto, na manhã deste domingo, o jornalista Caio Barbieri do Metrópoles, causou um terremoto e abalou a cidade. O MDB ( antigo PMDB) de Filippelli soltou nota aderindo à campanha de Frejat, exigindo a indicação do vice na chapa. Pior: o fez sem consultar nenhum dos outros pré-candidatos.

Essa ação, por óbvio, buscava empurrar goela abaixo do grupo esta formatação, restando aos outros as migalhas da composição, já que as candidaturas principais já estariam escolhidas.

Ocorre que o tiro saiu pela culatra. A reação veio feroz e imediata. Fraga, Alírio, Izalci e PO, juntamente com outros presidentes partidários, receberam a notícia com absoluta indignação. O desdém de Frejat e Filippelli não sairá impune.

Numa reviravolta surpreendente, o saldo do domingo é que Felippelli e Frejat, que pretendiam ser os maquinistas da sucessão, foram para o último vagão. Em off, um importante pré-candidato disse ao blog: “Você acha que agora alguém mais confia nesses dois?”.

A raposa Filipelli, atento como é, já percebeu o erro que cometeu e voltou atrás. O saldo do domingo é que Frejat vai dormir bem menor do que acordou, Filippelli perdeu a confiança do grupo, Rollemberg está rindo de orelha a orelha com a trapalhada e Arruda, sem mexer um palito, demonstrou aos “articuladores” da cidade que, sem ele, não tem união.

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