Líderes da oposição ao governo Dilma Rousseff divulgaram, sábado (10), nota em que pedem o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro. O parlamentar rejeita as denúncias e afirma que não deixará o cargo.
O texto, publicado no site do PPS, diz que o pedido se deve às denúncias veiculadas recentemente pela imprensa.
“Sobre as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, noticiadas pela imprensa, os líderes Carlos Sampaio, Arthur Maia, Fernando Bezerra Filho, Mendonça Filho, Rubens Bueno e Bruno Araújo, respectivamente do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria, entendem que ele deve se afastar do cargo, até mesmo para que ele possa exercer, de forma adequada, o seu direito constitucional à ampla defesa”, segundo a nota.
Eduardo Cunha é suspeito de ter recebido US$ 5 milhões de dólares de suborno por contratos de aluguel de navios-sonda para a estatal brasileira de petróleos Petrobras.
Cunha tem vindo a negar possuir contas no exterior, mas documentação enviado pelo Ministério Público Federal da Suíça às autoridades brasileiras revela o contrário.
Entre os documentos enviados ao Brasil estão cópias de passaporte, comprovantes de endereço no Rio de Janeiro e assinaturas de Eduardo Cunha.
De acordo com os investigadores, nos últimos anos foram feitos depósitos nessas contas de US$ 4.831.711,44 dólares e 1.311.700 francos suíços, equivalentes a cerca de R$ 23,2 milhões ao câmbio atual.