A polêmica permanece no ar, mas hoje a população do DF paga, pelo segundo dia seguido, um aumento das passagens de ônibus e de metrô na base de 25%.
O governador Rodrigo Rollemberg, assustado com a repercussão, interrompeu as férias de dez dias em Aracaju e voltou a Brasília, mas nada mudou por enquanto.
Ontem, o governador se reuniu com o novo presidente da Câmara Legislativa. Joe Valle, e outros deputados, que se opõem ao aumento. Mas não entraram num acordo em favor da população.
Joe tem esperança de conseguir realizar uma sessão extraordinária da Câmara Legislativa em pleno recesso. Ele precisa garantir a presença de pelo menos 13 deputados, para tentar votar um decreto legislativo suspendendo o aumento dos ônibus.
Se Joe conseguir essa proeza, Rollemberg já disse que recorrerá à Justiça. Ele pode entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal alegando que o possível ato da Câmara seria inconstitucional.
É um assunto polêmico, pois realmente o controle do serviço de transportes coletivos é uma atribuição do Poder Executivo.
Rollemberg pode alegar que, derrubando o aumento, o Legislativo estaria gerando despesa para o GDF. Nesse caso, alega-se que a Câmara precisa indicar fonte de recursos para pagar a despesa (no caso, o subsídio ao sistema de transportes).
O certo é que permanece um momento de incerteza, com o povo sendo penalizado pelo aumento de despesas de nível extraordinário.
Protestos ocorrem, mas até agora sem maiores confusões, até mesmo porque a cidade está vazia.
Hoje não dá para prever nada, a não ser constatar que a passagem cara permanece sendo cobrada. (RENATO RIELLA)
