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abr 24 2024

Biblioteca Nacional vai sediar primeira exposição arquitetônica de sua história

CASA DOS SENTIDOS: PROJETO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE AUTISMO RETORNA A  CURITIBA COM VISITAÇÃO GRATUITA – Alisson Wandscheer

Um projeto artístico e arquitetônico com o objetivo de traduzir em expressões artísticas os sentimentos e vivências de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA); essa é a Casa dos Sentidos, maior projeto nacional de conscientização do autismo.

Promovendo uma fusão entre arte, inclusão e aceitação, o projeto traduz as experiências em um ambiente que reproduz uma casa, em uma atividade emocionante, totalmente imersiva.

Para desenvolver a Casa dos Sentidos, a Guanabara Produções em parceria com a Montenegro Produções Culturais realizou um extenso processo de pesquisa, acompanhado de perto por profissionais formados em psicologia, pedagogia, psicomotricidade, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Houve ainda apoio da Tismoo, primeira startup de medicina e testes genéticos para autismo, e do The Muotri Lab (da Universidade de San Diego, Estados Unidos), que investiga os mecanismos fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e de transtornos como o autismo.

O projeto, que atualmente se encontra em turnê nacional com sua segunda edição, ganhou novos tons com a participação de  artistas plásticos, e ainda maior alcance, passando por diversas cidades brasileiras, entre elas Monte Mor (SP), Catalão (GO), Ponta Grossa (PR), Campinas (SP) e Curitiba (PR).

Agora, a Casa dos Sentidos prepara sua chegada em Brasília, que receberá a mostra entre os dias 10 e 30 de maio, em uma estrutura impecável que poderá ser visitada gratuitamente na Biblioteca Nacional, um dos endereços mais emblemáticos da capital federal, que receberá pela primeira vez em sua história uma exposição arquitetônica. 

A exposição, que remete aos cômodos de uma casa, foi dividida em cinco ambientes: Cérebro, Quarto, Banheiro, Sala de Jantar e Cozinha. Cada um dos espaços da Casa dos Sentidos foi idealizado por um artista plástico, que traduziu, de acordo com sua sensibilidade e técnica, a visão de mundo das crianças e adolescentes do TEA.

A percepção dos artistas foi posteriormente concretizada nos espaços pelos arquitetos e responsáveis técnicos pela obra, Nonnie Fenianos e Givago Ferenz. “Os artistas plásticos do projeto, juntamente com os arquitetos responsáveis, participaram de diversas oficinas pedagógicas com as crianças com TEA, extraindo essa linguagem única para que pudéssemos transformá-la em arte”, explica Nonnie Feninanos.

Um dos grandes desafios no desenvolvimento da Casa dos Sentidos foi o de interpretar a visão dessas crianças e adolescentes e traduzir isso para o público de fora do espectro. “A exposição é destinada a pessoas que não fazem parte do espectro autista, para que possam compreender um pouco sobre como uma criança com TEA enxerga e interpreta o mundo”, comenta Nonnie.

Givago Ferenz também destaca a importância da arquitetura em projetos de conscientização. “Poder materializar os sentimentos e vivências dessas crianças através da minha paixão pela arquitetura nessa exposição foi muito especial. Dar visibilidade ao projeto só reforça o sentimento de que podemos dar cada vez mais evidência a causas tão importantes como a conscientização do autismo”.

“O que desenvolvemos com a Casa dos Sentidos, no âmbito arquitetônico, é inédito: são mais de 500 pessoas envolvidas em todo o processo, que envolveu a montagem de uma exposição ‘itinerante’ que possa ser transportada por todo o Brasil e montada em diferentes locais. É a primeira vez, na história da arquitetura no Brasil, que um projeto com cunho arquitetônico será exposto dentro da Biblioteca Nacional de Brasília. Para nós, é uma honra e orgulho fazer parte de um projeto inédito que será exposto em um monumento histórico do país”, completa Nonnie.

Fonte/foto: P+G Comunicação Integrada – Jéssica Mattia

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