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jul 28 2023

Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix em seis meses, aponta Coaf; “doações espontâneas”

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou, em relatório, que Jair Bolsonaro (PL) recebeu  R$ 17,2 milhões via Pix entre os dias 1° de janeiro e 4 de julho deste ano. 

O relatório em questão ressaltou que as movimentações financeiras aconteceram em “situação atípica e incompatível”, e que a maior suspeita é de que o montante foi enviado ao político por conta da campanha de doações realizada para que ele pudesse pagar multas à Justiça.

O documento ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso destaca ainda que o ex-presidente da República recebeu 769 mil transações via Pix. 

O PL, partido do político de direita que está inelegível, foi o responsável por transferir R$ 47,8 mil a Bolsonaro, valor movimentado em duas diferentes transações. Outras 18 contas enviaram valores entre R$ 5.000 a R$ 20 mil ao político.

Jair Bolsonaro revelou que conseguiu arrecadar dinheiro suficiente para quitar todas as multas  que recebeu após perder processos na Justiça. O dinheiro foi depositado na conta do capitão da reserva por bolsonaristas após o início de uma campanha de “vaquinha” para transferência via Pix.

“Foi algo espontâneo da população. O Pix nasceu no nosso governo. Já foi arrecadado o suficiente para pagar as atuais multas e a expectativa de outras multas. O valor vamos mostrar mais para frente. Agradeço a contribuição. A massa contribuiu com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário”, relatou.

Bolsonaro foi multado sete vezes no estado paulista. As duas primeiras multas foram aplicadas em 2021 e o restante no ano passado, quando ele ainda ocupava à Presidência da República. O valor total é de R$ 1.062.416,65, segundo a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo.

Hoje (28) Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos de Bolsonaro, criticaram a divulgação de dados referentes a transferências bancárias feitas à conta do ex-presidente da República entre janeiro e julho deste ano. 

Flávio (PL-RJ), senador, afirmou que o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trata-se de um “assassinato de reputação sem precedentes”, e ironizou que, contra Bolsonaro, “vale tudo”.

Fonte: iG

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