Com mais de 800 casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, o País negocia com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a aquisição da vacina contra o vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, as negociações estão sendo feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao imunizante para os países onde há casos confirmados da doença.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que está em tratativas com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a OMS para aquisição de doses para a população.
O ministério está trabalhando com um quantitativo de aproximadamente 50 mil doses iniciais, a depender da capacidade de produção da empresa e da capacidade de aquisição. A Opas está em tratativas com o fabricante para que, o mais breve possível, essas vacinas estejam disponíveis.
A varíola já foi confirmada em 16 países. Segundo a OMS esse surto ainda pode ser controlado e o risco de transmissão é baixo.
A transmissão da doença ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e contato com objetos, roupas e superfícies que tenham sido utilizadas pelo infectado.
De acordo com a OMS, o período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, podendo variar de cinco a 21 dias e a infecção pode ser dividida em dois períodos.
O primeiro período é o de invasão, que dura entre zero a cinco dias e pode ser caracterizado por febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dores musculares e fadiga.
No segundo período aparecem erupções cutâneas que geralmente começam dentro de 1 a 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção evolui sequencialmente de lesões com base plana para lesões firmes levemente elevadas, lesões cheias de líquido claro, lesões cheias de líquido amarelado e crostas que secam e caem. O número de lesões varia. Os sintomas duram de duas a quatro semanas.
A taxa de letalidade da varíola dos macacos variou historicamente de 0 a 11% na população em geral e tem sido maior entre crianças pequenas. Nos últimos tempos, a taxa de letalidade tem sido de cerca de 3% a 6%.
Fonte: Brasil 61