Nesta edição do Novembro Negro – ação dedicada a políticas públicas de igualdade racial –, serão discutidos os desafios para efetivar a Lei 5447/2015, que institui o Programa Afroempreendedor, destinado a fomentar o empreendedorismo de pessoas negras e garantir suas subsistências.
De acordo com Fábio Felix, historicamente, desde que a escravidão foi formalmente abolida, em 1888, as lideranças políticas do País não se preocuparam com a criação de um planejamento capaz de inserir os milhões de negros até então escravizados.
“O Estado fez muito pouco para mudar a realidade que nossos ancestrais negros enfrentaram”, alega. Ele argumenta que ainda hoje imperam, nesta população, o desemprego e a dificuldade no acesso à educação formal e à moradia de qualidade, e exemplifica que, no DF, entre cada quatro desempregados, três são negros.
“Em um cenário de crise como o que vivemos, é urgente que o Estado consiga dar suporte a estas pessoas e o incentivo ao empreendedorismo é um caminho para mudar essa realidade”, acredita, ao defender a aplicação a contento da Lei 5447/2015 a fim de garantir a estruturação de negócios de pessoas negras.
Foram convidados para participar da audiência afroempreendedores do DF, como Pablo Feitosa, Joseane Santos e Angélica Diano,e representantes do GDF, a exemplo do secretário de Trabalho, Thales Ferreira; de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, e de Economia, André Clemente, além de representantes da sociedade civil.
Com informações de Ascom/CLDF