No Dia do Trabalho, passo mensagem aos jovens (mesmo aos muito jovens): trabalhem, trabalhem, trabalhem!
Meu pai tinha grana. Tínhamos carro, primeira TV da rua, ótima casa, escola particular, tudo.
Mesmo assim, nos meus 13 anos, meu pai Agenor me mandou dar aulas particulares para os dois filhos do sócio dele. Trabalho infantil? Hoje ele seria preso.
Comentário: há pouco tempo, minha neta Cecílinha (11) me pediu para conseguir um trabalho para ela. Estou pensando, pensando…
Na Bahia, fui professor até os 17 anos (Matemática, Português e até Física). Ganhei bom dinheiro. No tempo da Recuperação nas escolas (chamavam de Segunda Época), cheguei a dar cinco aulas a alunos apavorados por dia. Nunca um aluno meu foi reprovado.
Não precisava de dinheiro. Isso não importava. Minha mãe dava preço, cobrava meus pagamentos e botava tudo na poupança. Quando fiz 18 anos, comprei um Fusca velhinho com esta graninha.
Aos 17 anos, fui visitar um amigo, Cid Seixas, que já trabalhava como repórter no Diário de Noticias de Salvador. O editor Eraldo Matos, que conhecia meu pai de Itabuna, me chamou para trabalhar como jornalista estagiário (embora meu curso superior fosse Arquitetura).
Desde então, trabalho de dez a doze horas por dia, até nos meus atuais 70 anos.
O trabalho me deu amores, ótimas casas, me trouxe a Brasília, amplifica diariamente minha autoestima, me fez conhecer cerca de 20 países, garantiu minha saúde – e me mantém vivo.
Fiz recentemente curso de Doutrina Evangélica na Comunhão Espírita. Fiquei feliz de saber que, na eternidade, no mundo espiritual, teremos sempre de trabalhar. Quem trabalha mais tem mais méritos…
Lembre-se que Deus trabalhou seis dias para gerar a Terra e descansou no sétimo dia. Até ele?
Portanto, feliz Dia do Trabalho. Por incrível que pareça, vou correr no Parque da Cidade de manhã, no feriado, mas de tarde terei muito o que fazer.
Dureza!
Oi, caras! Parem de me cobrar trabalhos atrasados no 1º de maio!