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out 25 2022

Censo 2022 mostra que o Sol Nascente é o segundo maior aglomerado do País

Localizado no Distrito Federal, o Sol Nascente é o segundo maior aglomerado subnormal do Brasil, com 24.441 domicílios, estimados considerando a expansão da comunidade nos últimos anos, superado apenas pela Rocinha (RJ), com 25.742 domicílios, segundo informações preliminares do IBGE para o enfrentamento à Covid-19. No Censo 2022, a região está dividida em 154 setores censitários, e a coleta está sendo realizada por 75 recenseadores.

A coleta no Sol Nascente começou no dia 1º de outubro e estima-se uma duração de 60 dias para ser concluída. Por seu tamanho e densidade demográfica, a pesquisa impõe desafios para a equipe do IBGE/DF, para fazer um retrato com dados de qualidade, contribuindo para a promoção de políticas públicas.

O recenseador Diego Felipe Guedes dos Santos afirmou não estar passando por grandes problemas na coleta, sendo bem recebido pela população.

“O índice de recusa no Sol Nascente é bem menor do que em outros locais. Eles veem a participação no Censo com bons olhos”, acredita.  O recenseador indica que a maior dificuldade no Sol Nascente é que muitas casas ainda não têm identificação. “Então é necessário colocar uma identificação e entender como funcionam os endereços para prosseguir com a coleta”, atesta.

Antônio José da Silva, Administrador Regional do Sol Nascente/Pôr do Sol, explica que a região começou como uma área rural, em um setor de Chácaras na Região Administrativa de Ceilândia. Atualmente a região do Sol Nascente está dividida em trechos (Trecho I, Trecho II, Trecho III e Pôr do Sol). Dentre esses, o Trecho III é o mais carente, necessitando políticas governamentais, especialmente a área chamada de Fazendinha, que passará pelo primeiro Censo.

Antônio acredita que os dados do Censo vão fornecer subsídios para se pleitear melhorias na área. “Fizemos questão de receber o IBGE. Aqui na região existem ainda muitas áreas de invasão, e o Censo é muito importante para verificar o que precisa ser feito e saber quem realmente está aqui”, informa.

O Censo 2022 já está passando nos Trechos I, II e III do Sol Nascente e, em breve, vai passar pela área rural da Fazendinha. Quem mora ali tem muitas expectativas de que os dados deem visibilidade para os problemas locais, pois, apesar de ter 12 anos de existência, a comunidade apresenta carência de infraestrutura. Os moradores enfrentam dificuldades como posto de saúde sem médicos e falta de transporte público, obrigando as crianças a percorrerem distâncias de até quatro quilômetros a pé para irem à escola.

Segundo a líder comunitária da Fazendinha, Sandra Ribeiro Bento, a comunidade já conta com mais de 600 famílias. Ela afirma estar ansiosa pela chegada do Censo na comunidade. “O Censo podia entrar aqui dentro, fazer as pesquisas, ver as necessidades do pessoal que está passando precisão. No dia que vocês vierem aqui, vocês ficam aqui em casa, vocês lancham, vocês almoçam. Eu só quero que vocês olhem tudinho”, propõe.

Na região, não chegam serviços de iluminação, saneamento básico e nem água tratada. “Esgoto não tem, e as crianças adoecem”, lamenta Sandra. Mas ela tem expectativa de que o Censo vai contribuir para que a região ganhe visibilidade. “Tem que entrar e mostrar pro governo que aqui tem gente, que tem gente acamada, que tem senhora, que tem menino, tem tudo”, acrescenta.

 

Fonte:  Agência IBGE de Notícias

Fotos : Agência IBGE de Notícias – Michella Reis

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