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out 25 2022

IPCA-15 teve alta de 0,16% em outubro

Confiança do comerciante sobe novamente e volta à zona

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para outubro foi de 0,16%. Em setembro, o índice ficou em -0,37%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,80% e, em 12 meses, de 6,85%, abaixo dos 7,96% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2021, a taxa foi de 1,20%.

Assim como no mês anterior, somente três dos nove grupos do IPCA-15 tiveram queda de preços. Em outubro, essas retrações foram em Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%). No lado das altas, as maiores variações vieram de Vestuário (1,43%) e Saúde e cuidados pessoais (0,80%).

Após a deflação no mês anterior (-0,37%), o IPCA-15 teve alta de 0,16% em outubro. O resultado foi influenciado mais uma vez pela queda no grupo dos Transportes (-0,64%), que contribuiu com -0,13 ponto percentual (p.p.) no índice do mês. Além disso, houve recuo também nos preços de Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%). 

No lado das altas, as maiores variações vieram de Vestuário (1,43%), que desacelerou em relação a setembro (1,66%), e Saúde e cuidados pessoais (0,80%), que teve o maior impacto positivo (0,10 p.p.) no índice do mês. Após registrar queda de 0,47% em setembro, Alimentação e bebidas subiu 0,21% em outubro. Os demais grupos ficaram entre o 0,19% de Educação e o 0,57% de Despesas pessoais.  

Assim como em setembro, a queda do grupo Transportes (-0,64%) deve-se ao recuo no preços dos combustíveis (-6,14%) Etanol (-9,47), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%) tiveram seus preços reduzidos no período de referência do índice. A gasolina contribuiu com o impacto negativo mais intenso (-0,29 p.p.) entre os 367 subitens pesquisados. Houve queda também em ônibus urbano (-0,60%), com a redução dos preços das passagens aos domingos em Salvador (-6,38%), a partir de 11 de setembro.

Ainda em Transportes, no lado das altas, destacam-se as passagens aéreas (28,17%), cujos preços aceleraram em relação a setembro (8,20%). Em ônibus intermunicipal (0,42%), houve reajuste de 12,00% em Fortaleza (7,52%), a partir de 1º de setembro, e de 5,00% em Porto Alegre (2,39%), a partir de 4 de outubro. Outros subitens importantes, como emplacamento e licença (1,72%) e conserto de automóvel (0,64%) seguem em alta.

Outro grupo em queda em outubro foi Comunicação (-0,42%), cujo resultado foi influenciado pela redução nos pacotes de acesso à internet (-1,69%) e nos planos de telefonia móvel (-1,35%). Além disso, houve queda nos preços dos aparelhos telefônicos (-0,87%). Vale lembrar que a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, fixou um limite para a alíquota máxima de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.

No grupo Vestuário (1,43%), os preços dos calçados e acessórios (1,82%), das roupas infantis (1,71%) e das joias e bijuterias (1,00%) aceleraram em relação a setembro. Por sua vez, as roupas masculinas (1,54%) e femininas (0,98%) apresentaram altas menos intensas que as do mês anterior (1,78% e 1,83%, respectivamente). 

Após a queda de 0,47% em setembro, o grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,21% em outubro. O resultado foi puxado pela alimentação no domicílio (0,14%), cujo resultado havia sido de -0,86% no mês anterior. Contribuíram para isso as altas das frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%). Por outro lado, os preços do leite longa vida (-9,91%), do óleo de soja (-3,71%) e das carnes (-0,56%) continuaram em queda.

alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,37% em outubro. Enquanto a refeição (0,44%) teve variação superior à do mês anterior (0,36%), o lanche desacelerou de 0,94% para 0,23%.  

Em Habitação (0,28%), a energia elétrica subiu 0,07% em outubro. Após a sanção da Lei Complementar 194/22, os serviços de transmissão e distribuição foram retirados da base de cálculo do ICMS nos estados em que houve decreto ou norma prevendo tal exclusão. No entanto, posteriormente, foram identificados casos em que a cobrança continuou sendo realizada. Nesse sentido, foram feitos ajustes no IPCA-15 de outubro para compensar a retirada do ICMS, com o objetivo de contabilizar na conta padrão o que efetivamente foi cobrado dos consumidores.  

Ainda em Habitação, outro subitem com alta em outubro foi taxa de água e esgoto (0,39%), em função do reajuste médio de 13,22% aplicado em uma das concessionárias de Porto Alegre (3,36%), a partir de 29 de setembro.  

Nove das 11 áreas pesquisadas tiveram variações positivas em outubro. A maior variação ocorreu em Brasília (0,56%), influenciada pela alta nos preços das passagens aéreas (37,59%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (-0,24%), puxada pela queda da gasolina (-6,58%). 

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 13 de outubro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Fonte> Ascom/IBGE

Foto: EBC

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