Uma operação da Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão temporária e dois de busca e apreensão, na manhã de hoje (20), contra um funcionário comissionado da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele foi preso em um hotel da Asa Norte.
Segundo a polícia, o alvo da operação é o chefe de gabinete da deputada distrital Telma Rufino (PROS), mas não há indícios de que a parlamentar estivesse envolvida nos crimes investigados. Ele ganhava um salário bruto de R$ 19,7 mil por mês.
O funcionário é suspeito de ter praticado tráfico de influência e falsidade ideológica, entre outros crimes ainda em apuração. De acordo com os investigadores, ele se valia da influência do cargo que ocupa para agir.
O chefe de gabinete de Rufino foi indicado por Fernando Fernandes (PROS), administrador de Ceilândia. Fernandes foi eleito deputado distrital no ano passado, com 29.420 votos, mas deixou a vaga com Rufino depois de ser nomeado para comandar a região administrativa mais populosa do DF.
Os mandados foram cumpridos na Asa Norte e no Gama. Foram apreendidos uma dezena de cartões em nomes de outras pessoas e várias ocorrências policiais impressas da 19ª Delegacia de Polícia, no Setor P Norte, em Ceilândia.
A polícia informou que não divulgou o nome do funcionário preso para não atrapalhar as investigações. Ele ficará preso temporariamente por cinco dias – o prazo é prorrogável por mais cinco.
Em nota, Telma Rufino disse que “teve conhecimento da operação policial através da imprensa e irá aguardar informações oficiais para se posicionar”.
Fernandes afirmou que “está licenciado das funções legislativas e que não responde pelo gabinete legislativo atualmente” e vai “aguardar informações oficiais para se posicionar”.
Já a Polícia Civil informou que as ocorrências policiais apreendidas no local serão analisadas: “Caso seja detectada a participação de qualquer policial civil, as informações serão repassadas à Corregedoria, que atua sempre conforme o estatuto funcional”.
Com informações de G1