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out 02 2014

CHINA E EUA PODEM GERAR REFLEXOS FORTES NA ECONOMIA DO BRASIL

RENATO RIELLA

Em meio a tantas preocupações internas na economia, o Brasil será afetado por duas situações externas.

Uma delas é a desaceleração intencional da China, que foge do crescimento próximo dos 8%, para poder administrar sua estrutura ainda em formação. O Brasil é muito dependente das compras chinesas e nossa balança comercial se ressente desse freio no grande país.

O segundo efeito perverso sobre o Brasil será a recuperação dos Estados Unidos, com o fortalecimento do dólar e o aumento das taxas de juros na nação norte-americana. Com os EUA se fortalecendo, começa a atrair grande parte dos investidores do mundo, que podem fugir dos países emergentes, entre os quais o Brasil.

No auge de uma campanha eleitoral que só aborda questões superficiais, o experiente Pérsio Arida fez ontem essas advertências, no evento “Perspectivas Econômicas”, organizado pelo BTG Pontual, no antigo Blue Tree. Tive a honra de ser um dos convidados, ao lado dos principais empresários da cidade.

O homem forte do BTG Pontual, André Esteves, também falou. Mostrou o que todos percebemos: não dá para tentar prever, neste momento, quem será o futuro presidente do Brasil. Disse ainda que é difícil saber o que se pode esperar de Dilma Rousseff num possível segundo governo.

Se Dilma vencer, ele acha que a bolsa vai cair muito num primeiro momento. Se o vencedor for Aécio Neves (PSDB) ou Marina Silva (PSB), a bolsa vai subir. E o dólar permanece com tendência de elevação desde já, contido na medida do possível pelo Banco Central.

Para Pérsio Arida, um problema grave é a falta de confiança vigente hoje no Brasil, com a taxa de investimento caindo e o crescimento muito baixo. Tudo isso agravado pela produtividade sempre em baixa, entre outros problemas.

Ele lembrou desafios que o próximo governo terá, como recuperar a infraestrutura do país, discutir a carga tributária e a política de subsídios, além das incertezas no marco regulatório, sem esquecer preços congelados em setores vitais.

Nada disso foi discutido de forma suficiente no primeiro turno da eleição, mas aparecerá em outros momentos.

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