Os reservatórios de água que abastecem São Paulo tiveram reforço extraordinário com as chuvas de fevereiro, o que tranqüiliza o governo e a sociedade.
Mas isso é perigoso, pois todos podem relaxar, abandonando o sentimento de responsabilidade coletiva e suspendendo as medidas de contenção no consumo. Se isso acontecer, dentro de pouco tempo os problemas voltarão, em níveis mais elevados.
O certo é que o nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, apresentou hoje (26) a 21ª alta consecutiva deste mês de fevereiro, ao passar de 10,8% para 11,1%.
O volume de chuva sobre o manancial de ontem (25) para hoje (26) foi 15,2 milímetros (mm). A dois dias de encerrar o mês, o acumulado está em 293 mm, acima da média histórica para esse período (199,1 mm).
Segundo a Sabesp, com o gradual enchimento das seis represas que formam o sistema, foi possível alcançar o nível da primeira cota da reserva técnica, a água que fica logo abaixo das comportas.
Para repor os 182,5 bilhões de litros e atingir o volume útil de operação, é necessário subir mais 18,1 pontos percentuais, o que daria maior tranquilidade no fornecimento a 6,5 milhões de pessoas.
Nos cinco mananciais restantes administrados pela Sabesp, o único que registrou queda no volume armazenado foi o Sistema Rio Grande, onde houve redução de 0,1 ponto percentual, passando de 83,4% para 83,3%.