Finalmente vejo esperança de uma reforma partidária no Brasil, com redução do número de partidos, mas isso não adiantará nada, pois o brasileiro não participa. Não está nem aí, meu irmão!
Partidos políticos, condomínios, previdência privada, planos de saúde, grandes times de futebol, S/A, associações diversas, federações, confederações, sindicatos, centrais sindicais, cooperativas, igrejas, etc, são setores que deveriam funcionar bem, se a sociedade fiscalizasse as atividades.
No entanto, minha irmã, todas as entidades com diretorias eleitas acabam dominadas por famílias espertas ou grupos desonestos, que manipulam dinheiro e decisões de acordo com seus próprios interesses. Bandidinhos e bandidões!
Por que o Flamengo não é riquíssimo? O Esporte Clube Bahia, meu grande time, já teve quase 100% da torcida em Salvador.
Mas nenhum torcedor de verdade participava das decisões, deixando a entidade nas mãos de picaretas.Jogaram fora uma marca – tal qual acontece no Flamengo.
Em São Paulo, nesse escândalo do Lula, vimos que o tesoureiro Vaccari prejudicou três mil famílias de companheiros, numa cooperativa habitacional. Por que este pessoal, mobilizado, não aparece na mídia? O brasileiro não participa, compadre!
Vejam o PRTB, um dos trinta e tantos partidos. Há séculos é presidido por um cara feio chamado Levy Fidelix (com x mesmo). Ele é dono-n-o-no da sigla. Vira candidato a presidente, ou a governador de São Paulo, ou mesmo prefeito em toda eleição.
Administra sozinho verba partidária e outros ganhos. Perto das eleições, vende descaradamente o partido nos estados. Aqui em Brasília vendeu para Luiz Estevão, que graças a isso conseguiu influência na Câmara Legislativa e no GDF.
Mudando para previdência privada, fico revoltado de ver os associados de grandes planos, como Previ, Funcef e Postalis, sendo roubados em bilhões de dólares por dirigentes impostos pelo PT.
Esses planos foram “orientados” para comprar ações da Venezuela e da Argentina, jogando fora o dinheiro que garantiria a aposentadoria de trabalhadores do Banco do Brasil, Caixa e Correios. E o povo não se mexeu!
Dizem que a Cassi, plano de saúde do Banco do Brasil, está quebrando. Cadê o pessoal do BB, que pode sofrer imensos prejuízos nessa área?
Voltando a partidos, vemos que o PTB foi dirigido pela filha de Roberto Jeferson enquanto ele estava preso. E Valdemar Costa Neto, da prisão, comandou o PR.
Aqui em Brasília, Rodrigo Rollemberg faz o que quer do PSB. Cadê os filiados do partido? Gim, antes de ser preso, era dono do PTB-DF. E assim vai.
Vejam que situação absurda existe na Confederação Nacional do Comércio, onde Antônio Oliveira Santos manda há 60 anos. Hoje, com cerca de 90 anos, é pretenso candidato à reeeeeeeeeeleição.
O mesmo vale para CUT, CNI, CNT, etc, cujas diretorias não têm ligação direta com a massa que representam
Vejam o caso dos condomínios de prédio, que hoje estão contratando empresas de administração, pois os moradores não querem saber de discussões sobre o edifício.
Igrejas, inclusive a Católica, mexem com bilhões. Gozam de isenções indecentes e não prestam contas ao seu eleitorado.
Dito tudo isso, o Brasil pode levar milhões às ruas, tentando mudar a situação. Mas no outro dia todas as pessoas estarão de volta aos seus pequenos interesses.
E os espertos continuarão dominando partidos, igrejas, condomínios, planos de saúde, times e times e times e times, etc.
Quando cair um avião, matando 70 pessoas, você desconfiará do dirigente de time que contratou uma empresa picareta. Mas, passado o enterro, os clubes vão piorar. É hora de roubar. (RENATO RIELLA)