RENATO RIELLA
Cresce a versão de que o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) está se afastando do governador Agnelo Queiroz. Hoje, o Correio Braziliense aborda essa questão, que já corria nos bastidores da política brasiliense há algumas semanas.
A grande incógnita é se Filippelli está mesmo conseguindo reaproximação com o ex-governador Joaquim Roriz. Caso essa hipótese se confirme em algum momento próximo, poderemos dizer que o vice sairá candidato a governador em 2014.
Na verdade, o problema é nacional. O PMDB decidiu enfrentar o PT em diversos estados, sendo o caso do Rio de Janeiro o mais polêmico. O governador Sergio Cabral quer o seu vice, Pezão, como candidato a governador. Mas o senador petista Lindbergh lidera as pesquisas de opinião e não abre mão de ser o candidato.
Cabral já disse que não aceita palanque duplo no Rio para apoiar a presidente Dilma e ameaça, em tom de brincadeira, ficar ao lado do tucano Aécio Neves, seu amigo de juventude e de farras.
Há problema semelhante na Bahia, onde o PMDB de Geddel Vieira Lima desafia o governador petista Jaques Wagner. E no Ceará, onde o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira, exige apoio do PT à sua candidatura a governador.
O Jornal de Brasília aponta hoje outros estados onde o PMDB se rebela, como Roraima, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Em São Paulo, o PT também quer ter candidato próprio e pode bater de frente com o PMDB.
Isso tudo mostra o enfraquecimento do vice-presidente Michel Temer, que comanda historicamente o PMDB, mas tem perdido inclusive batalhas nas votações no Congresso Nacional.
Assim, vemos aqui que o DF passa a ser a novidade na crise. Vamos observar como Filippelli vai se posicionar publicamente nos próximos dias. Se ficar calado já estará falando.