Setores políticos ligados ao governo Temer afirmam que o déficit primário do Brasil pode ficar na casa dos R$ 150 bilhões, ao final deste ano.
No entanto, o comando da economia mantém-se sob cautela, sem arriscar números tão volumosos, mas admitindo que pode ser até maior do que isso.
Parece assustador, mas é uma postura típica de governo que sucede outro em situação de crise no Brasil. Só para lembrar, o governo Rollemberg fez o mesmo em relação ao governo Agnelo, mas hoje a gente nem lembra do tamanho da crise…
Na próxima segunda-feira (23), o governo deve enviar ao Congresso Nacional a meta fiscal revisada, o que ajudará a entender melhor o tamanho do déficit.
O déficit previsto antes, ainda no governo Dilma, era de R$ 96 bilhões, mas todo mundo sabia que estava subdimensionado.
A revisão da meta fiscal deverá ser votada no Congresso até quarta-feira da semana que vem (25), permitindo ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, trabalhar com bases mais reais.
A equipe econômica da presidente afastada Dilma Rousseff pediu autorização ao Congresso para um déficit primário de R$ 96,7 bilhões este ano. Mas os ministros do governo Temer têm dito que o déficit ultrapassa esse valor.