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set 23 2013

Definições sobre partidos deixam sempre o eleitor à margem

RENATO RIELLA

Tudo de política que você estiver lendo nesses próximos dias não vale nada, pois ninguém se decidiu. É tudo blefe, vacilação, sonho, traição, balão de ensaio.

O que vale é saber que, até um ano antes da eleição de 5 de outubro de 2014, as estruturas partidárias têm de ser definidas e sacramentadas, conforme determina a elei eleitoral. Teoricamente, depois disso nada muda,

Mas, na prática, não é assim. As filiações, que deveriam ser feita até o próximo dia 4 de outubro, uma sexta-feira, podem ser registradas na Justiça Eleitoral na segunda-feira seguinte, dia 7.

Isso significa que o sábado, dia 5, e o domingo, dia 6, serão datas destinadas a negociações as mais escabrosas. Haverá gente que correrá de partido em partido, de casa em casa, vendendo ou comprando filiação partidária…etc.

Até mesmo o quadro de partidos habilitados no Brasil está ainda confuso e pelo menos duas agremiações sonham com a regularização para disputar a eleição.

Uma delas é a Rede, da ex-senadora Marina Silva, que parece estar morrendo na praia. Isto é: não conseguiu até hoje comprovar a validade das assinaturas de filiados e fica brigando com a Justiça Eleitoral, de forma desesperada, sem nos passar a segurança de que superará os obstáculos.

Entre outras marcas, há a perspectiva de um novo partido chamado Solidariedade, dominado pelo sindicalista Paulinho, da Força Sindical. Este parece que vai se viabilizar a tempo.

Em Brasília, gente forte em matéria de eleição, como Joaquim Roriz, ainda não indicou partido. Está livre, leve e solto.

Arruda, o famigerado ex-governador, fez algum acerto malandro com o condenado presidente nacional do PR, deputado Valdemar Costa Neto, e deve dominar esse partido no DF.

Outros nomes complicados da política do DF também tentam dominar siglas partidárias de aluguel, mas tudo vai ficar claro somente depois de 7 de outubro. Está todo mundo escondendo o jogo.

Não acredite em cada que você lê sobre PSDB, PSB, PTB, PDT e muitos outros partidos, verdadeiras caixas-pretas da política, cujos destinos estão sendo definidos em almoços nos restaurantes mais caros ou em encontros noturnos regados a vinho de R$ 200,00 para cima.

Coitados dos eleitores! Só terão alguma informação lá para agosto ou setembro de 2014. Até lá, o melhor é ficar longe da política, pois nada merece confiança.

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