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maio 15 2016

DELATORES DIZEM QUE ARRUDA E AGNELO RECEBERAM GRANA PELO MANÉ GARRINCHA

ER7_RE_JR_ARRUDA_570kbps_2014_07_1027e76204_8f61_4d6a_a5cc_ea123f727fd9_thumbUm assunto há muito comentado em Brasília veio à tona: os ex-governadores José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, combinados, receberam propina pela construção do Estádio Mané Garrincha, que custou cerca de R$ 2 bilhões.

Reportagem da TV Globo divulgou o conteúdo da delação premiada assinada por executivos da construtora Andrade Gutierrez, investigada na Operação Lava Jato, comprometendo esses dois políticos.

Segundo Clóvis Primo, um dos delatores e executivo da Andrade Gutierrez, antes mesmo da formação do consórcio que venceu a licitação para construir a arena já havia um acerto.

 

Em 2009, ficou determinado o recebimento de 1% do valor em propinas para o então governador Arruda. O consórcio do Mané Garrincha era formado pela Andrade Gutierrez e pela Via Engenharia.

 

Mesmo após a prisão de Arruda, em 2010, o acordo de propina foi mantido, segundo a reportagem da Globo. Abertamente, assessores de Arruda e Agnelo eram vistos em locais públicos fazendo acertos, sem medo de nada.

Rogério Sá, outro executivo da Andrade Gutierrez, também afirmou que Agnelo Queiroz recebia propina de diretores da empreiteira. No caso do petista, no entanto, não havia, segundo a delação, um percentual estabelecido. Mas, segundo Rogério Sá, Agnelo teria pedido valores para o PT.

À TV Globo, o advogado de José Roberto Arruda afirmou que o contrato da construção do Mané Garrincha não foi assinado durante a gestão dele. Também negou que tenha havido repasse ou pagamento enquanto Arruda esteve no cargo.

O advogado de Agnelo Queiroz, em resposta à emissora, disse que o ex-governador nunca recebeu ou pediu qualquer quantia ou benefício ilícito de quem quer que seja. O PT informou que todas as doações para o partido foram dentro da legalidade e declaradas à Justiça Eleitoral

Oficialmente, a obra do Mané Garrincha custou R$ 1,7 bilhão e foi a mais cara entre todos os estádios. A construção é objeto de investigações por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Distrito Federal.

A reportagem também aborda em detalhes como funcionava o esquema de corrupção envolvendo a arena Amazonas, em Manaus. Segundo os delatores da Andrade Gutierrez, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) teria cobrado 10% de todas as obras tocadas pela empreiteira no estado.

Os executivos informaram aos procuradores da Lava Jato que Eduardo Braga teria recebido R$ 30 milhões referentes à propina. O esquema teria funcionado durante os dois mandatos de Eduardo Braga e transbordado para o governo de Omar Aziz, que, segundo a delação, teria recebido R$ 10 milhões.

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