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set 16 2014

DENÚNCIAS DE “TROPA DE ELITE” SÃO CONFIRMADAS NO RIO ANOS DEPOIS

RENATO RIELLA

Cenas típicas dos filmes “Tropa de Elite” continuam acontecendo no Rio, depois de tantas advertências. Ontem foi um dia típico, assustador.

O governador Luiz Pezão (PMDB), em plena campanha pela reeleição, assustou-se ontem com o envolvimento de 24 policiais militares no esquema de cobrança de propinas (luvas) de comerciantes, empresários e ambulantes da zona oeste do Rio.

Um dos presos, o coronel Alexandre Fontenelle, atual chefe do Comando de Operações Especiais, tinha como subordinados batalhões de elite da PM, entre eles o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque, ambos em destaque, por coincidência, em “Tropa de Elite” (não foi por falta de aviso).

Foram encontrados cerca de R$ 300 mil na casa do coordenador de Operações do 14º Batalhão de Bangu, major Edson Alexandre Pinto de Góes, um dos foragidos, e R$ 33 mil na casa de um sargento, cujo nome não foi divulgado.

Segundo Pezão, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, continuará tendo autonomia para promover mudanças no 14º Batalhão (Bangu), onde atuava a quadrilha, e na cúpula da Polícia Militar.

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em conjunto com agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Denominada Operação Compadre 2, a ação cumpriu 25 mandados de prisão, sendo 24 contra policiais militares, entre os quais seis oficiais. Dois policiais militares e um civil continuam foragidos.

Em 2013, a Operação Compadre desarticulou uma quadrilha que cobrava propina de feirantes e comerciantes flagrados com mercadorias ilícitas. O governador lembrou que, à época, foram expedidos 78 mandados de prisão contra PMs.

Conforme a denúncia, “o 14° BPM foi transformado em verdadeiro ‘balcão de negócios’, numa verdadeira ‘sociedade empresária S/A’, em que os lucros eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de diversas equipes policiais responsáveis pelo policiamento ostensivo.

A principal parte era repassada para a denominada ‘Administração’, ou seja, os oficiais militares integrantes do ‘Estado Maior’, que detinham o controle do 14º BPM, os controles das estratégias, das equipes subalternas e do poder hierárquico”.

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