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jul 06 2015

DIAS TOFFOLY E EDUARDO CUNHA ESTÃO AFINADOS SOBRE O FUTURO DE DILMA

RENATO RIELLA

O ministro Dias Toffoly, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, estão bem afinados nas discussões sobre a presidente Dilma Rousseff.

No dia 20 de junho, num grande evento aqui em Brasília, os dois conversaram durante mais de uma hora, isolados, sem serem interrompidos nem por garçons, nem pelas próprias mulheres dos dois, que permaneceram à distância.

Naquela semana, o Tribunal de Contas da União havia exigido da presidente Dilma explicações para 13 pontos graves da sua administração, dentro das famosas “pedaladas” da economia.

Lembrem-se que o TCU deu 30 dias para as obrigatórias respostas, a serem produzidas pelo Palácio do Planalto. Este prazo está vencendo dentro de uma semana.

Toffoly e Eduardo Cunha conversaram longamente no evento festivo brasiliense. Naquele momento, já estavam avançadas, no TSE, as apurações sobre graves irregularidades praticadas na campanha eleitoral da Dilma, que podem levar à cassação do seu mandato e do vice-presidente Michel Temer.

A discussão sobre o futuro institucional do Brasil, feita entre os presidentes do TSE e da Câmara Federal, não vazou, mas deve ter sido bastante útil, pois há variáveis importantes para o Palácio do Planalto.

Se o TCU condenar as contas do governo Dilma em agosto, passará para o Congresso Nacional a definição sobre a possível perda de mandato. Nesse caso, assumiria o vice Michel Temer.

No entanto, havendo cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, cabe ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assumir a Presidência da República, para convocar imediatas eleições.

Pode também não acontecer nada. Será que Toffoly e Cunha discutiram essa hipótese? Pode o TSE considerar que as falhas eleitorais não são graves. Ao mesmo tempo, as contas de governo podem ser aprovadas no TCU. Quem sabe?

Se Dilma escapar no TSE e no TCU, permanecerá no cargo até o fim de 2018. Nesse caso, aplicará o seu plano de correção dos erros na economia e preparará tranquilamente a eleição do seu substituto.

O certo é que já houve uma longa conversa privada entre Toffoly e Eduardo Cunha.

Durante mais de uma hora, os dois não fizeram anotações, não demonstraram emoção em gestos ou mudanças faciais. Falaram sem risco de gravações, em pé, encostados num balcão, com música de banda ao fundo.

A afinação entre o TSE e a Câmara é fundamental, para não haver erros constitucionais que conturbem o ambiente, ou mesmo briga de Poderes.

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