A presidente Dilma Rousseff, esfuziante diante dos resultados das últimas pesquisas pré-eleitorais, comemorou hoje o fato de que, pelo décimo ano consecutivo, “a inflação vai fechar o ano dentro da meta”.
Analistas econômicos consultados semanalmente pelo Banco Central, previram hoje que a inflação em 2013 deve fechar o ano na faixa dos 5,81% (na semana passada, previam 5,82%). Dilma não comentou, mas na verdade este é quase o limite da meta de 6%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, vem sendo contido pelo governo por medidas artificiais, como congelamento dos preços das passagens de ônibus e da gasolina, mas de qualquer forma o resultado obtido impede a oposição de denunciar a volta da explosão inflacionária.
Ainda hoje, os analistas de mercado consultados pelo BC previram crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) na faixa de 2,48% (na semana passada, a previsão era mais baixa: 2,47%).
A produção industrial também vai melhorar, avalia o mercado, que agora projeta alta de 1,80% – e não mais de 1,70%.
A taxa básica de juros (Selic) deverá chegar a 9,75% no final do ano; atualmente está em 9,5%. O dólar, na mesma comparação, foi reduzido para R$ 2,29, ante os R$ 2,30 da estimativa anterior.
O saldo da balança comercial, que vem registrando déficit, deverá fechar o ano com superávit de US$ 1,99 bilhão, e os investimentos estrangeiros diretos chegarão a US$ 60 bilhões, segundo os analistas ouvidos pelo BC.