RENATO RIELLA
Com apenas 37% de intenções de voto, a presidente Dilma Rousseff assume posição de risco na pesquisa Datafolha divulgada hoje.
Todos os candidatos somados, inclusive os de partidos nanicos, atingem o percentual de 38%. Nesse caso, haveria segundo turno na eleição presidencial.
No início do ano, Dilma vencia facilmente em primeiro turno e até admitia que, nessa condição, não compareceria a debates. Agora, certamente não poderá abrir mão dessa comunicação com o eleitor.
O candidato do PSDB, Aécio Neves, aparece com 20% nessa nova pesquisa, tendo crescido quatro pontos percentuais. O candidato do PSB, Eduardo Campos, tem 11% das intenções de voto (em fevereiro tinha 9%).
Dilma tinha 38% na pesquisa anterior e caiu para 37%, o que indica que praticamente estancou sua curva descendente. O problema dela é que os dois principais concorrentes estão subindo mais rapidamente.
Não dá para afirmar que haverá segundo turno na eleição. O Palácio do Planalto certamente vai operar para suspender candidaturas em partidos nanicos e vem aí uma Copa do Mundo, de resultado imprevisível.
Além disso, quando o ex-presidente Lula entrar na campanha, pode ser que ele alavanque a sua candidata.
O certo é que, nas últimas semanas, Dilma sofreu grande baque no seu eleitorado e precisa analisar bem as causas, que todos nós conhecemos, ao acompanhar o noticiário crítico.