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jul 02 2013

DILMA PRECISA INTERVIR NA ELEIÇÃO DA CBF

RENATO RIELLA

Passado o grande sucesso da Copa das Confederações, é hora de todos pensarem na Copa do Mundo. Não vai ser fácil.

Não estou falando da Seleção do Felipão. Estou falando, por exemplo, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que elegerá seu presidente dois meses antes da Copa.

A população não vai assistir de braços cruzados a vitória do atual presidente José Maria Marin, mesmo que ele indique um pau-mandado, ou um poste, para essa disputa.

A presidente Dilma Rousseff, que não aceita Marin e seu grupelho, precisa reagir politicamente. O Brasil quer ver na tribuna do Maracanã, durante a Copa do Mundo, alguém que represente o nosso futebol com extrema dignidade.

Infelizmente, metidos em negócios, Pelé e Ronaldo Fenômeno se queimaram. Bebeto também não ficou bem. E Romário, além de deputado federal, é excessivamente de oposição.

Há nomes de respeito, como Zico, que já foi ministro dos Esportes, ou algum ex-jogador de peso, reconhecido por méritos obtidos dentro e fora do campo.

Não adianta dizer que o governo não pode se meter nisso. Pode e deve. Lembremos do craque Platini, na França, que representou bem o seu país como cartola. Se não aceitarem interferência do Palácio do Planalto, basta Dilma ameaçar cobrar as dívidas dos clubes de futebol para a situação mudar.

A presidente Dilma não pode ver de camarote a compra desonesta dos votos de 27 presidentes de federações estaduais de futebol. Se ela não reagir, o povo reagirá. Não afastem a possibilidade da invasão da CBF (já houve invasão agora, mas será pior).

É claro que algumas coisas estão acontecendo. Joseph Blatter, presidente da Fifa, acaba de informar que haverá ingressos baratos para os jogos da Copa de 2014. Torna-se mesmo necessário democratizar o acesso aos estádios. As plateias na Copa das Confederações eram nitidamente de elite, sem a presença mínima do povo. Outras medidas desse tipo serão úteis, como o incentivo à instalação de telões em pontos diversos do país.

Do Rio de Janeiro veio ótima notícia. A Odebrecht, encabeçando o grupo que construiu o Engenhão, vai gastar mais de R$ 300 milhões, com recursos próprios, para recuperar esse estádio, que foi construído para o Pan, em 2007, e está ameaçado de desabar, encontrando-se interditado. Se o povo não estivesse na rua, furioso, isso certamente não aconteceria. Ruim é saber que esta reforma só termina em novembro de 2014. Mas nada é perfeito.

Por outro lado, o governador Sérgio Cabral precisa rever a terceirização do Maracanã, que foi entregue de bandeja ao empresário Eike Batista, o qual, por sinal, enfrenta gravíssimo problema financeiro nas suas empresas.

Pena que o futebol não entra no plebiscito da Dilma, mas ela e nós sabemos o que precisa ser feito. O que falta é coragem. A cobrança das ruas dará forças à presidente para reagir. Precisamos banir Marin e gente desse tipo do esporte que dá alegria a quase todos os brasileiros.

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