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out 17 2017

Travestis e transexuais são maioria entre LGBTs a denunciar crimes no DF, diz pesquisa

Pesquisa inédita divulgada hoje (17) pela Companhia de Planejamento (Codeplan) mostra que travestis e transexuais são maioria entre a população LGBT do Distrito Federal a denunciar crimes motivados por orientação sexual. Este grupo corresponde a 8,6% e 5,9%, respectivamente, do total de vítimas que fizeram algum tipo de denúncia de homofobia e transfobia. Outros 79,9% das vítimas que fizeram denúncias não quiseram identificar gênero.

O levantamento teve como base as denúncias de crimes feitas ao Disque 100 e boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil do DF. Para o coordenador de Diversidade LGTB da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), Flávio Brébis, o segmento de pessoas trans é o “mais vulnerável” e também o mais motivado a denunciar crimes.

A pesquisa revela, ainda, que a maioria dos crimes, em 2015 e 2016, ocorreu no transporte público (29% no ano passado e 43% em 2015) e na casa a vítima ou do suspeito (24% em 2016 e 30% em 2015). Sobre a tipificação das ocorrências, o relatório mostra que injúria e ameaça configuram como maioria entre as denúncias feitas à Polícia Civil.

Já no Disque 100, a maioria dos registros do ano passado são de casos de discriminação (40%) e violência psicológica (40%), considerados pelos pesquisadores as duas as categorias “mais comuns de um comportamento homofóbico”.

Sobre o perfil das vítimas de homofobia e transfobia, o levantamento da Codeplan mostra que pessoas do sexo masculino entre 18 e 30 anos foram maioria a denunciar nos últimos seis anos.

O relatório da Codeplan também traçou o mapa das regiões do DF onde os crimes foram registrados. Das 408 ocorrências, 24,8% ocorreram no Plano Piloto, 13,7% em Ceilândia, 10% em Taguatinga e 8,3% em Samambaia. As regiões administrativas do Jardim Botânico e da Fercal foram as únicas a não registrar ocorrências. No DF, denúncias de homicídio corresponderam a 1,9% das ocorrências registradas.

Quem quiser denunciar um crime motivado por orientação sexual pode ligar para o Disque 100, mantido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, ou procurar a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), no Departamento de Polícia Especializada, no Parque da Cidade.

Fonte: G1/Redação

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