O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentou, ontem, recurso contra a decisão de março do Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou uma denúncia contra ele na Operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na peça, a defesa de Cunha aponta contradição na decisão do STF e pede que a denúncia, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, seja integralmente rejeitada.
Na época, a acusação foi aceita por 10 votos a 0 no plenário do Supremo.
Cunha foi afastado, pelo STF, da presidência da Câmara e do próprio mandato. Isto é: foi literalmente mandado para casa, até que a Comissão de Ética da Câmara decida cassá-lo (ou não).
Diante disso, ele mantém as prerrogativas físicas de presidente da Câmara, morando com toda mordomia na casa oficial de presidente e mantendo assessores à sua disposição.
Na casa oficial, diariamente ele despacha com assessores da Câmara e influencia nas decisões mais importantes, como a imprensa tem registrado, tudo isso de modo informal e clandestino.
Portanto, Eduardo Cunha continua sendo um problema.