O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, está desmoralizado e esvaziado, mas se vale de manobras de Regimento para se manter no cargo. A esperança é uma decisão do Supremo Tribunal Federal contra ele, que pode sair ainda este mês, mas não se sabe quando nem como.
Ontem, ficamos sabendo que o processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar, voltará quase que a estaca zero.
O processo, que pode resultar na cassação do presidente da Câmara, retornará à fase de discussão do parecer preliminar apresentado pelo relator, deputado Marco Rogério (PDT-RO), dos pedidos de vista, de adiamento de votações e de questionamentos contrários à proposição.
Decisão nesse sentido foi tomada pelo primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), parlamentar pau-mandado de Eduardo Cunha, que acatou recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
Marun questionou decisão do presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), sobre questão de ordem do peemedebista. Por ocasião da troca da relatoria do processo, o deputado Marun apresentou questão de ordem para que o parecer do novo relator fosse novamente discutido e concedido prazo de vista.
Tudo isso é mera medida protelatória, para preservar Eduardo Cunha durante mais alguns meses.