É isso mesmo! Os brilhantes analistas econômicos estão preocupados com os “grandes temas”, enquanto o Brasil parou no mês de setembro e entra o mês de outubro parado, sem rede bancária à sua disposição.
Os sofisticados analistas dizem que o povo aprendeu a usar a tecnologia bancária. Tentam mostrar que a greve não afeta a economia.
Meus amigos, andem nas ruas, freqüentem as feiras, falem com os revendedores de carros usados, perguntem aos balconistas, etc.
Pergunto: se as agências bancárias, em épocas normais, abrigam enormes filas, como essas pessoas estão se virando?
Não estão se virando. Há gente com dificuldade para pagar boletos costumeiros e muitos têm limite para saques nos caixas eletrônicos. Ficam sem grana até para almoçar.
As dificuldades são grandes, impedindo negócios de todo tipo.
Um vigilante de Brasília, meu conhecido, tem crédito no Banco do Brasil de R$ 23 mil para comprar um carro usado, mas não fecha o negócio porque não consegue falar com o gerente da sua agência.
E assim vai!
O Brasil terá queda no PIB (Produto Interno Bruto) acima de 3% em 2016, pelo segundo ano consecutivo.
Tínhamos esperança de alguma reação neste fim de ano, mas certamente a greve dos bancos reduz essa perspectiva.
Anotem: a greve dos bancos vai, inclusive, prejudicar as vendas para o Dia da Criança.
Mas ninguém faz nada. Afinal, há sempre temas econômicos de grande profundidade a serem discutidos!!!
