Nunca se viu uma cobertura política tão fria em Brasília nas vésperas da eleição.
Jornais, TVs e blogs cobrem formalmente as agendas dos candidatos a governador e organizam debates repetitivos.
É uma campanha sem polarização, desnuclearizada. Por isso, perde foco e desperta pouco interesse.
Uma campanha com memes quase infantis e com ausência de polêmicas. Praticamente não há mais nada a dizer para desgastar os dez pretendentes à cadeira do Palácio do Buriti.
Antes era azul contra vermelho. Verdadeira guerra dos rorizistas contra os petistas. Depois teve polarização com Arruda.
Em 2010, foi Agnelo contra D. Weslian.
Em 2014, Rollemberg contra Frejat.
Agora, todo mundo contra todo mundo.
No debate do Metrópoles, amanhã, com nove candidatos, as coisas podem esquentar.
Alexandre Guerra, do Novo, e o general candidato vão participar, depois de terem sido discriminados em outros debates.
Novidade é o Ibaneis Rocha, que saiu de quase nada para 13/14% em 20 dias.
O governador Rodrigo Rollemberg está congelado na faixa de 10% a 12% desde o ano passado e tende a cair disso.
Surgem Fraga e Eliana Pedrosa ainda competitivos, mas a população não está nem aí.
A imprensa dá pouquíssima cobertura aos candidatos ao Senado. Candidatos a deputado federal e deputado distrital estão fazendo campanha nem sei onde, pois não saem em lugar nenhum (com exceção de Rafael Prudente, Agaciel, Raimundo Ribeiro e poucos outros).
Na hora do voto, espero que o eleitor acorde. (RENATO RIELLA)
