SERGIO GARSCHAGEN
Entramos no mês de junho com dois fatos a lamentar e um a analisar: o segundo ano da crise econômica e o aumento do desemprego em todas as regiões.
A analisar é o quase desaparecimento de uma categoria profissional, a das empregadas domésticas. Dados confiáveis mostram que 40% das vagas simplesmente foram abolidas no país.
Se de um lado deve-se apoiar a conquista de direitos trabalhistas das domésticas, de outro deve-se criticar o momento de crise em que a PEC das Domésticas foi apresentada, há um ano.
O fato é que grande parte das domésticas se transformaram em diaristas, mas com problemas a lamentar.
Elas não têm a força política dos taxistas, cuja resistência lamentável ao sistema UBER está na imprensa todos os dias;
Grande parte não conseguiu se realocar no mercado (mais desemprego) e das que conseguiram, 74% não recolheram as suas contribuições à Previdência Social no ano passado.
Se o objetivo era garantir direitos às domésticas, faltou combinar com os russos.
O que seria um mudança de 180%, revelou-se um giro de 360 graus. Ficou tudo como dantes no quartel de Abrantes.