As previsões dos especialistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central são péssimas, no que se refere aos números da economia brasileira.
Eles calculam, por exemplo, que o PIB (Produto Interno Bruto) deve encolher 2,95% este ano.
A queda estimada para a produção industrial é 3,5%, este ano.
Para as instituições financeiras, o encolhimento da economia vem acompanhado de inflação acima do teto da meta (6,5%), em 6,87%. Na semana passada, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 6,86%. O centro da meta de inflação é 4,5%.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Ao fim de 2016, a projeção para a Selic é 15,25%, segundo previsão dos especialistas consultados pelo BC.
A projeção para a cotação do dólar subiu para R$ 4,21, no fim deste ano. A estimativa para o déficit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e as transferências de renda do país com o mundo, passou US$ 38,5 bilhões, este ano.
A estimativa para o superávit comercial (exportações maiores que importações de produtos) subiu de US$ 33 bilhões para US$ 35 bilhões, e esta é a única perspectiva otimista.
O investimento direto no país (recursos estrangeiros que vão para o setor produtivo) deve chegar a US$ 55 bilhões.
A dívida líquida do setor público deve chegar a 40% do PIB, de acordo com a estimativa das instituições financeiras.