RENATO RIELLA
O governador Agnelo Queiroz deve ter cometido muitos erros. Caso contrário, não teria fechado o governo com rejeição superior a 40%, perdendo a eleição em primeiro turno.
No entanto, reafirmo posições tomadas desde o início de governo, ao dizer que o maior erro foi fazer um Estádio (o novo Mané Garrincha), com 72 mil lugares, ao custo de R$ 2 bilhões.
Tudo bem, que a Copa foi um sucesso. Entre mortos e feridos escapou todo mundo. Se não fosse o 7×1, o Brasil estaria feliz com o sucesso do evento em todas as sedes, mostrando que sabemos organizar coisas difíceis quando queremos.
Mas o estádio de 72 mil lugares é elefante branco que os dois candidatos ao governo, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat, (PR) não condenam com a necessária veemência.
Da parte de Frejat é compreensível, pois Agnelo só fez cumprir o que José Roberto Arruda havia negociado. Até manteve o arrudista Fábio Simão no processo, deixando ele circular com desenvoltura nos ambientes petistas.
Quanto a Rollemberg, creio que este prefere não provocar os petistas, pois a maioria desse pessoal deve lhe conceder o voto.
O certo é que o futuro governador terá de descobrir uma vocação para o Mané, já que praticamente nunca mais a platéia de 72 mil pessoas estará formada nas arquibancadas (Paul McCartney vale, quando muito, meio estádio).
Como ninguém se pronunciou, proponho que seja instalada nas áreas internas do estádio a tal universidade de Brasília, que Frejat tanto fala e que Rollemberg deve adotar, se for eleito.
Pensem nisso, senhores candidatos, pois aí teremos o segundo Elefante Branco voltado para a educação.