O presidente Jair Bolsonaro estuda acomodar seu aliado e amigo, o ex-deputado Alberto Fraga (DEM), como ministro da Segurança Pública.
A ideia é recriar a pasta em 2020, dividindo o Ministério da Justiça. A proposta, confirmada por fontes próximas à Presidência, diminuiria os poderes de Sergio Moro, tido como um dos “superministros” de Bolsonaro pelo tamanho de sua pasta.
Aliados de Moro ouvidos pelo Globo, que não quiseram se identificar, temem que, se houver um desdobramento do ministério para atender Fraga, a função de Moro seja esvaziada.
Em setembro, Fraga foi absolvido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) da acusação de ter comandado um esquema de propina. Desde então, Bolsonaro pensa em uma forma de inclui-lo no governo. O Ministério de Segurança Pública existia no governo Temer, com Raul Jungmann como titular. Ele foi extinto por Bolsonaro e a área foi entregue à pasta da Justiça.
Procurado, Alberto Fraga, candidato derrotado ao governo do Distrito Federal em 2018, diz que o combinado é se encontrar com o presidente no ano que vem para discutir uma possível nomeação. Ele negou que exista uma posição já arranjada para ele, mas diz que não aceitaria ser secretário.
O ex-deputado é coronel aposentado da Polícia Militar e, durante seus mandatos, era ligado à “bancada da bala”. Ele é amigo de décadas de Bolsonaro e tem atuado como um consultor informal do presidente. O parlamentar é apontado como o principal articulador, por exemplo, da nomeação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com informações de O Globo