A PolÃcia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal cumpriram, na manhã de hoje (5), mandados de busca e apreensão contra Ruby Lopes, ex-supervisora de emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
A PolÃcia Civil investiga se a ex-funcionária da unidade de saúde faz parte de um esquema de venda de cirurgias e de leitos na rede pública de saúde. Ela foi exonerada do cargo após o G1 revelar o caso.
Ruby ficou conhecida por ser a primeira transexual a trabalhar na Câmara Legislativa do Distrito Federal.Â
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.Os policiais estiveram no HRT, em dois apartamentos e na casa de parentes da ex-supervisora.
Em nota, a direção do HRT disse que está à disposição da polÃcia para colaborar com a investigação.
O objetivo da operação é coletar documentos que demonstrem a prática dos supostos crimes praticados por Ruby. A investigação contra ela começou há seis meses.
Além da autorização para o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, o Juiz da 2ª Vara Criminal de Taguatinga, Wagno Antônio de Souza, determinou a aplicação de medidas cautelares.
A partir de hoje (5), Ruby está proibida de manter contato e de se aproximar das vÃtimas e das testemunhas já ouvidas pela investigação.
A ex-funcionária do HRT também não poderá frequentar as unidades de saúde do DF – com exceção para as situações de atendimento médico. Em caso de descumprimento, Ruby pode ser presa preventivamente – por tempo indeterminado, segundo a Justiça.
No dia 26 de maio desse ano, o G1 mostrou que Ruby prometia a pacientes que conseguiria cirurgias e procedimentos a um preço muito abaixo do mercado, em um hospital particular de BrasÃlia. Para isso, cobrava o pagamento de uma taxa
Quando se aproximava a data do procedimento, no entanto, a ex-supervisora de emergência do HRT avisava aos pacientes que o atendimento seria realizado no hospital público – onde a cobrança é proibida. Em uma das gravações, Ruby Lopes negocia uma cirurgia por R$ 350.
Ela também é suspeita de cobrar pela transferência de pacientes para quartos do hospital. Em um dos casos, um homem denunciou que Ruby cobrou R$ 1,2 mil para transferir o irmão dele, que estava no pronto-socorro.
Com informações de G1