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abr 27 2021

Filippelli e Eduardo Cunha viram réus por esquema de propina em combustíveis de aviação

A defesas de Tadeu Filippelli, Lúcio Funaro e Henrique Constantino afirmaram que os clientes são inocentes. A Gol não quis se pronunciar sobre o caso e a Latam disse que “não tem informações sobre a denúncia. A empresa irá colaborar com as autoridades competentes” .

A defesa de Eduardo Cunha não havia se manifestado até a última atualização deste texto e a reportagem não conseguiu contato com os advogados de Lúcio Funaro, Altair Alves Pinto e Sidney Roberto Szabo.

As investigações tiveram início após a delação premiada de Lúcio Funaro ao Ministério Público Federal (MPF), em meio à Operação Lava Jato. O operador financeiro falou aos investigadores sobre suposto pagamento de propina, por Henrique Constantino, ao então deputado Eduardo Cunha e ao então vice-governador Tadeu Filippelli.

De acordo com as apurações, Funaro fez a ponte entre o empresário e o parlamentar. Já Eduardo Cunha, que era do mesmo partido de Filippeli, conectou Constantino ao vice-governador, para que pudessem tratar de demandas locais, afirma o Ministério Público.

Na delação, Funaro disse que, em 2012, o grupo se reuniu para discutir uma alteração na lei distrital, com o objetivo de reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do querosene, o combustível de avião. A taxa é definida pelos governos locais.

Em 2013, o vice-governador apresentou uma lei que reduzia, de 25% para 12%, o ICMS do querosene de aeronaves comerciais para transporte de passageiros e cargas, quando abastecessem no DF. O projeto foi aprovado pela Câmara Legislativa do DF (CLDF) e, à época, o governo local argumentou que a medida aumentaria a competitividade do Aeroporto JK.

Já o então deputado Eduardo Cunha recebeu dinheiro para beneficiar a Gol em demandas federais, dizem os promotores.

Segundo a denúncia, Filippelli recebeu R$ 1,8 milhão da Gol pela alteração da lei. Além disso, o MP afirma que ele embolsou R$ 2,2 milhões da Latam, que teria concordado em participar do esquema.

Ainda de acordo com os promotores, o empresário Henrique Constantino confirmou a versão apresentada na delação de Funaro e juntou documentos que demonstram os pagamentos.

Ao analisar a denúncia, o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que “a denúncia narra adequadamente os eventos ilícitos que se encontram delimitados de forma clara e bastante precisa, mencionando em diversos trechos, inclusive, os elementos documentais que lhe dão suporte”.

Com informações de G1

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