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dez 26 2014

FROZEN É UM FENÔMENO. OBRIGADO, MAIS UMA VEZ, DISNEY!

RENATO RIELLA

O dia de Natal me permitiu conviver com minhas netas. Cecília (6) chegou reclamando porque ia comer peru no terceiro dia seguido. Conseguimos uma lazanha pra ela.

Clara (2) sentou comigo para assistir o filme Frozen, desenho longa-metragem de Walt Disney. Nara, a mãe (cineasta), preveniu: “Ela já viu nove vezes!” Aos dois anos? Nove vezes? Nem dá para acreditar.

Sentamos os dois, agarradinhos. Clara, chamada por nós de Cacá, sabia tudo. Repetia diálogos, dava gritinhos nas horas certas e cantarolava. Nas dancinhas, pulava do sofá discretamente e rebolava.

No desenho, a Princesa Anna, adolescente, é deslumbrante – com seus cabelos cor de ouro e olhos enormes, azuis da cor do céu.

A história é quase trágica, cheia de fortes emoções, de fazer o drama da Branca de Neve ser frouxo.

O filme, nas suas cores e luzes, deixaria Van Gogh apaixonado. Precisa dizer mais alguma coisa?

No auge das emoções, a incrível Princesa Anna sofre perseguições horrorosas do vilão e é transformada numa estátua de gelo azul, cintilante. Lindíssima!

Não resisti e falei do fundo do coração: “Coitaaaada da Anna!”

Clara Cacá ficou penalizada com meu sentimento. Pegando na minha mão com firmeza, olhou pra mim e me confortou: “Ela vai voltar! Ela vai voltar!”

Como é que uma menina de dois anos e três meses consegue captar uma história tão complexa? E Anna voltou mesmo – mas não posso contar o final do filme, pôxa!

Walt Disney é uma fábrica de pequenos seres. Sou formado na escola do Pato Donald e do Tio Patinhas. Fui muito feliz com eles.

Minha netinha Cacá, completamente diferente do biotipo nórdico da Princesa Anna, quase baiana, continua sendo formada pela Disneylândia, um grande valor da humanidade.

(Para não dizer que perdi totalmente o sentido crítico, registro comentário inteligente do meu genro, Francisco Craesmeyer:

“Preste atenção como os personagens de Disney não têm pai”.

Não sei o que isso quer dizer, mas é verdade. Anna aparece como órfã indefesa. E quem era o pai da Branca de Neve?).

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