Em fevereiro, publiquei no BLOG relato pessoal sobre o Banco do Brasil. Contei que fiz retirada de R$ 2.000,00 num caixa eletrônico e a máquina só liberou R$ 600,00 – mas no extrato apareceu o valor integral.
Liguei para meu gerente. Fui duas vezes à agência. No final, me orientaram que ligasse para o SAC do BB. Fiz isso e depois passei relato detalhado por email, com documentação. Pedi que acessassem o vídeo do local (supermercado do Gilberto Salomão), etc.
Recebi por email uma resposta ridícula do SAC, negando meus direitos com palavras impossíveis de se entender.
Relatei no Facebook sobre este caso da perda de R$ 1.400,00 e tive grande retorno. Fui orientado a procurar a Justiça de Pequenas Causas. Aceitei a sugestão. Aí começou uma maratona inacreditável.
Perdi horas estudando a situação e vi que agora se chama Justiça Especial (PJE), no fórum existente atrás da Leroy. Aprendi a fazer a reclamação sem contratar advogado.
Pedi na Justiça a devolução dos R$ 1.400 e mais R$ 15 mil de indenização, por perda de tempo, desvalorização do dinheiro e pela minha desmoralização. Na verdade, com mais de 50 anos de conta no BB, o banco me chamou de trambiqueiro, ao dizer que a máquina me pagou os R$ 2.000,00 que aparecem no extrato.
Remumindo: perdi mais de 60 horas em procedimentos diversos e me arrependi de entrar com a ação. Numa reunião de conciliação, um preposto do BB e uma advogada jovem me ofereceram R$ 3.000,00. Recusei! Queria a totalidade da ação: R$ 16.400,00.
O caso ficou, então, para ser decidido por uma juíza. Depois de muitas idas e vindas, a sentença dela foi frustrante.
A juíza mandou o BB me devolver apenas os R$ 1.400,00, com correção monetária. Esclareceu que, sendo uma conta da minha empresa Riella Comunicação, a perda do cidadão Renato Riella não pode ser computada numa ação empresarial.
Semanas depois, o BB depositou em juízo os R$ 1.400,00. Tive de ir numa agência do Plano Piloto. E a correção monetária não foi paga. Agora, a juíza deu prazo para essa quitação até o mês de agosto: mais R$ 170,00.
Computando minhas horas perdidas, tive grande prejuízo. Mas pelo menos aprendi a lidar com Pequenas Causas (Justiça Especial).
Na próxima vez será diferente. Acho, no entanto, que só vale a pena para pessoa física. No caso de empresa, é tudo mais complicado.
E obrigado a todos pela solidariedade. (RENATO RIELLA)
