Há suspense no mundo político pela análise que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fará nas próximas semanas das prestações de contas da candidata reeleita à Presidência da República, Dilma Rousseff, do Comitê Financeiro Nacional e do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).
Um dos fatores de insegurança é que o relator do processo é o ministro Gilmar Mendes, de notória ligação com os políticos do PSDB e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, determinou que sejam requisitados técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), da Receita Federal e do Banco Central do Brasil para auxiliar no exame das contas, a pedido de Gilmar Mendes.
Os acordos de cooperação técnica entre o TSE, a Receita Federal e demais órgãos da Administração Pública são comuns e fazem parte da rotina dos trabalhos do tribunal. O TSE e Advocacia Geral da União (AGU), por exemplo, mantêm acordo para a cobrança do ressarcimento dos custos com novas eleições realizadas devido à cassação de mandato de candidatos.
Além da AGU, o TSE mantém convênios com a Receita Federal, com o Banco Central e com o TCU para intercâmbio de informações e auditoria. Nas eleições de 2010, auditores do TCU auxiliaram o TSE no exame das contas de Dilma Rousseff, eleita presidente. A novidade, neste momento, é o relator Gilmar Mendes.