A Grécia e os parceiros da Zona Euro da União Europeia chegaram a acordo, no final de uma longa maratona negocial iniciada na tarde de domingo e que se prolongou por cerca de 19 horas, com diversas interrupções para consultas.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e pelo primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel.
“A cimeira da zona euro alcançou um acordo por unanimidade. Está tudo pronto para um programa de ajuda para a Grécia por via do Mecanismo Europeu de Estabilidade, com importantes reformas e um apoio financeiro”, escreveu Donald Tusk, no Twitter.
O Governo grego liderado por Alexis Tsipras e os governantes dos restantes países da Zona Euro chegaram a acordo sobre diversas medidas reclamadas pelos credores, evitando assim a saída da Grécia da moeda única europeia, vista com apreensão por vários governos europeus e também, por razões geoestratégicas, pelos Estados Unidos.
O presidente francês, François Hollande, numa primeira reação, disse que foi preservada a soberania da Grécia, enquanto Angela Markel afirmou que com este acordo fica afastada a saída da Grécia da zona euro.
Merkel diz confiar que o parlamento de Atenas vai aprovar o novo pacote de austeridade, até quarta-feira. Afirma a chanceler que tem de acreditar nisso, até para que a confiança possa ser reconstruída.
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou hoje que o caminho da Grécia para o crescimento será “longo e difícil”, depois de os líderes da zona euro terem aprovado um terceiro resgate ao país.
“A Grécia tem a oportunidade de retomar o caminho do crescimento, mas o caminho será longo e, a avaliar pelas negociações desta noite, difícil”, disse a líder alemã, numa conferência de imprensa no final dos trabalhos.
