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jul 18 2013

“Independência ou morte” de volta no 7 de setembro

RENATO RIELLA

Ficou claro que existe um calendário de manifestações no Brasil, mesmo sabendo-se que esses eventos de protesto não têm dono, nem uma coordenação central. O comando está nas nuvens – para usar uma expressão tecnológica.

A quase guerra civil brasileira começou com a questão das passagens de ônibus, em São Paulo, e depois passou a viver em função das datas da Copa das Confederações.

Passada a Copa, o chamado “gigante” descansou um pouco, mostrando suas garras em momentos dispersos e sendo confundido com uma “greve geral” semi-oficial, organizada por entidades ligadas ao governo.

O calendário indica agora a visita do Papa e logo depois o julgamento do Mensalão (já abordados detalhadamente aqui no BLOG).

No entanto, espero que a presidente Dilma leia de vez em quando este BLOG. Se ler, poderá se prevenir para o grande confronto, que ocorrerá em diferentes capitais brasileiras, no Dia da Independência.

As Forças Armadas precisam se prevenir para confrontos no 7 de setembro, pois atingiremos o auge da revolta, pela falta de mínimas respostas às reclamações das ruas.

Dentro de dois meses, os ônibus continuarão massacrando a população, os hospitais e escolas estarão como sempre (péssimos), Renan Calheiros ainda será o presidente do Senado, a impunidade ainda dominará o país e, como fator de grande simbolismo, os aviões da FAB estarão mais do que nunca sendo usados por políticos que, hoje, não podem mais entrar num avião de carreira sob pena de serem apedrejados pelos passageiros. E a corrupção não terá diminuído nem um milímetro.

Pode ser que a presidente Dilma tenha reduzido os seus 39  ministérios para um número razoável. Pode ser que o ex-ministro José Dirceu tenha sido preso. E até pode ser que os deputados José Genoíno, João Paulo e Valdemar Costa tenham sido expulsos da Câmara Federal. Se essas coisas tiverem acontecido, o 7 de setembro será mais ameno. Caso contrário, haja bomba de gás e bala de borracha!

Esta é a expectativa observada nas chamadas redes sociais, onde já há convites às massas para que se organizem, fazendo um novo brado de “independência ou morte”.

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