O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE cedeu 0,4 ponto em fevereiro, para 89,1 pontos, menor nível desde maio de 2021 (88,1 pontos). Nas métricas trimestrais, o índice manteve trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo ao recuar 1,5 ponto.
“A confiança de serviços acumulou a quinta queda consecutiva em fevereiro, se afastando ainda mais do nível neutro de 100 pontos. O resultado desse mês se mostra heterogêneo. Os indicadores que retratam a percepção com o momento presente, mantiveram a trajetória negativa, indicando demanda fraca no início do ano. Por outro lado, os indicadores sobre o futuro parecem reagir, mas ainda não são suficientes para reverter a tendência negativa dos últimos meses. O horizonte ainda não é muito animador, dado que desafios macroeconômicos devem permanecer e impactar negativamente o setor ao longo de 2023”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre.
No âmbito das expectativas, o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 1,9 ponto, para 87,4 pontos, após quatro meses seguidos em queda. Há uma diminuição do pessimismo em relação as perspectivas sobre demanda e tendência dos negócios nos próximos meses. O indicador que mede a demanda prevista nos próximos três meses avançou 1,5 ponto, para 87,1 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses aumentou 2,3 pontos, para 87,8 pontos.
Os últimos resultados da confiança de serviços mostram um cenário negativo, com quedas consecutivas e disseminado entre os segmentos. Em médias móveis trimestrais, o ICS caiu 1,5 ponto em fevereiro, a quinta consecutiva. Nos últimos quatro meses, cerca de 70% ou mais dos segmentos estavam em queda, indicando que é um movimento amplo do setor, não apenas alguma categoria isolada puxando o resultado para baixo.
Fonte: FGV Ibre
Foto: EBC